Segundo a última Pesquisa Origem e Destino, da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, até 2007 eram realizadas mais de 7,5 mil viagens de bicicleta por dia na cidade de Osasco. Um novo levantamento está sendo feito pelo Conselho de Mobilidade Urbana de Osasco (COMURB), com a ajuda de ciclistas do município com objetivo de contar as pessoas usam bicicleta como transporte, seus principais destinos e melhorias.
“Sabemos que a bicicleta não é a solução para todos os problemas da mobilidade urbana, mas a cidade não pode renunciar à grande contribuição que ela está, comprovadamente, habilitada a dar”, destaca o metroviário e educador físico, José Ricardo Galdini, que usa a bike como meio de transporte desde 1999. Ele é um dos cicloativistas que estão ajudando a Prefeitura no mapeamento.
Recentemente, a Secretaria de Planejamento e Gestão da Prefeitura de Osasco colocou sob consulta pública o Plano Municipal de Mobilidade Urbana para a população opinar. “A principal dificuldade que enfrento são os ônibus”, aponta o professor de 31 anos Danylo Felzener. “O que realmente espero é poder utilizar a bicicleta sem medo, e sem saber se vou voltar para casa ou não”. Essa é a grande preocupação das pessoas que, assim como o mecânico de bicicletas Wander Souza Siqueira de 30 anos, utilizam a bike como principal meio de transporte em Osasco.
A contagem preliminar dos cicloativistas destacou as principais vias usadas como rotas das bikes: avenida Getúlio Vargas, Ponte da Castello Branco, avenida Presidente Kennedy, avenida Fuad Auada, avenida dos Autonomistas e avenida Bandeirantes. A Getúlio Vargas, por exemplo, movimentou mais de 300 ciclistas, segundo contagem feita no dia 20 de julho desse ano.
Osasco conta com algumas faixas exclusivas como as das avenidas Bussocaba e Hirant Sanazar; 3 quilômetros da Visconde de Nova Granada até o Centro de Eventos Pedro Bortolosso na Vila Osasco; na avenida João Goulart no Jardim Umuarama; e 15,5 km de trajeto ligando os Parques Chico Mendes, no Bussocaba, e Nelson Vinha Dias, no Rochdale. Apesar da instalação das ciclofaixas, a maior parte delas são consideradas “de lazer” e só podem ser utilizadas aos domingos e feriados.
Principais Demandas
A reportagem consultou ciclistas, que apontaram quase sempre as mesmas demandas. Redução da velocidade dos veículos em algumas vias para 50km/h e para 40km/h em alguns casos; sinalização de ciclorrotas; instalação de paraciclos adequados nos órgãos e espaços públicos; um novo bicicletário na Estação Comandante Sampaio; interligação das ciclovias para acesso bairros-centro; campanhas educativas e fiscalização.