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Metalúrgicas têm maior contratação de pessoas com deficiência na região

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Pesquisa foi apresentada essa semana pelo vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Carlos Aparício Clemente / Foto: Joicy Costim

Carol Nogueira

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As metalúrgicas de Osasco e região registraram 105,6% de cumprimento à Lei 8213/91, conhecida como Lei de Cotas, que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a preencher de 2% a 5% dos cargos com pessoas com deficiência.

O dado foi apresentado na quarta, 15, e faz parte da pesquisa realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região, com apoio da Gerência Regional do Trabalho de Osasco e do Projeto de Inclusão de Pessoa com Deficiência em São Paulo.

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O levantamento foi realizado em dezembro de 2016 e contou com informações de 77 fábricas distribuídas em 12 cidades.
Dos setores que mais contratam, o de autopeças lidera com 112%. Das cidades que participaram da pesquisa, Jandira e Carapicuíba são responsáveis por 131,% das admissões.

Para Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região, a luta pela inclusão tem gerado resultados positivos. “A menor presença de gente com deficiência nas empresas é de 87,5%. Olhando os anos anteriores, percebemos um maior comprometimento das empresas na contratação de pessoas com deficiências”.

Na distribuição por tipo de deficiência, os trabalhadores com deficiência física ocupam a maior parte das vagas, representando 43,2%, seguido da deficiência auditiva com 33,1%.

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Maioria dos contratados têm deficiência física ou auditiva

As empresas continuam a preferir pessoas com deficiências física e auditiva, presentes em 76,3% das contratações, em relação aos demais tipos de deficiência.

“Percebemos que, ainda, algumas deficiências são excluídas deste processo. A intelectual tem muitas barreiras a serem vencidas por parte das empresas. Acredito que, através da informação, podemos vencer essas barreiras. Falta muita informação ao gestor de RH com relação as questões da inclusão e os tipos de deficiência”, avaliou Ronaldo Freixeda, gerente regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego.

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O índice de 105,6 % de cumprimento da Lei de Cotas na região é mais de três vezes maior do que o índice nacional. No país, apenas 31% das vagas geradas pela lei não são preenchidas.