Início Perfil “Vim pra cá e me joguei em busca do meu sonho”

“Vim pra cá e me joguei em busca do meu sonho”

0

IMG_8345

publicidade

Pela TV, o jovem Laudelino Barros via de Alto Alegre, no interior paulista, lutas de boxe profissionais que Osasco costumava receber entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Decidiu deixar o karatê para lá, procurou representantes da Secretaria de Esportes osasquense, e, em 1995, conseguiu abrigo na cidade para ir em busca de seu sonho: ser um grande pugilista.

Quase 20 anos depois, Lino Barros tem a trajetória marcada por uma medalha de prata nos Jogos Panamericanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, participação na Olimpíada de Sydney, na Austrália, em 2000, e, como profissional, é ex-campeão latino-americano dos cruzadores (até 90,7 quilos) pela Organização Mundial de Boxe (OMB) e soma 40 lutas, com 37 vitórias, sendo 31 por nocaute.

publicidade

“Via boxe pela televisão, na época havia muitas lutas aqui. Entrei em contato com o pessoal da Secretaria de Esportes de Osasco na época e me arrumaram um local para treinar e morar no ginásio José Liberatti, onde comecei minha carreira em 1995. Vim pra cá e me joguei em busca do meu sonho”, lembra Lino Barros.

Aos 38 anos, o pugilista ainda não pensa em parar e se recupera da perda do cinturão latino-americano dos cruzadores pela OMB para o norte-americano Felix Cora Jr. em luta disputada no ginásio José Liberatti no fim do ano passado. A derrota o impediu de disputar o título mundial.

“Infelizmente, ganhei 10 rounds, no 11º fui nocauteado pela primeira vez, logo em casa. É triste, mas acontece”. Até o fim deste ano, ele negocia a participação em dois confrontos, diz.
Como dos golpes no ringue, Lino Barros se esquiva dos questionamentos sobre a hora de pendurar as luvas. “Estou trabalhando minha cabeça para isso. Agora, é difícil falar em parar”, afirma o atleta de 38 anos. “Mas digamos que, de 100% que um atleta tem para percorrer, eu já percorri uns 80%”.

publicidade

Projeto
Paralelamente à carreira, auxilia a Secretaria Municipal de Esportes em um projeto para o crescimento no esporte na cidade. “Estamos montando aqui uma equipe de alto rendimento, de elite, para disputar competições nacionais e internacionais representando Osasco”.

Lino ressalta ainda que, apesar de ter perdido espaço para o MMA no Brasil, “o boxe no mundo nunca esteve tão forte, só está mal divulgado no Brasil”. “Floyd Mayweather ganha US$ 100 milhões por luta. O Canelo [Alvarez], um boxeador de 23 anos, enche um ginásio com 40 mil pessoas”.

publicidade

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Artigo anteriorFilé de peixe no vapor
Próximo artigoSecretaria apresenta Plano de Habitação