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45% do mercado de cigarros de São Paulo é dominado por marcas ilegais

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funcionário fume expediente
Foto: reprodução

Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha apresenta um panorama crítico em relação à atuação dos governos brasileiro e paraguaio no combate ao contrabando entre os dois países. Atualmente, segundo pesquisa de mercado, marcas paraguaias contrabandeadas já são responsáveis por 45% das vendas de cigarros em São Paulo, volume que vem crescendo exponencialmente enquanto o mercado formal sofre retração de igual proporção.

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Os prejuízos do contrabando de cigarros para o estado de São Paulo somaram R$ 2,68 bilhões de evasão fiscal em 2016.

O presidente do Paraguai, Horácio Cartes, é dono da maior fabricante de cigarros do país, a Tabacalera del Este que produz o cigarro Eight e que figura entre as marcas mais vendidas no país. Mais de 47% dos entrevistados do Sudeste conhecem a marca, e o percentual sobe para 48% entre os brasileiros de 16 a 24 anos, mostrando a força do contrabando entre os mais jovens.

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A pesquisa também apontou que 82% dos moradores do Sudeste veem ligação entre contrabando de cigarros e o crime organizado e aumento da violência no Brasil. Os esforços do governo brasileiro para coibir a entrada de cigarros paraguaios no Brasil são reprovados, e o apoio a sanções contra o Paraguai recebem apoio da metade dos entrevistados na região.

O aumento do contrabando tem acontecido por uma combinação de fatores: aumento de impostos, crise econômica e fragilidade das fronteiras.

“É imperioso aumentar a vigilância nas fronteiras, por parte dos governos de ambos os países, e no caso paraguaio os brasileiros também veem omissão motivada pelo fato de autoridades e políticos do país vizinho serem beneficiários do contrabando de cigarros para o Brasil”, afirma Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e coordenador do Movimento.

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