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50 mil participam de marcha das centrais sindicais

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Trabalhadores de várias categorias e partes do país foram até Brasília na quarta, 6 / Foto: Eduardo Metroviche
Trabalhadores de várias categorias e partes do país foram até Brasília na quarta, 6 / Foto: Eduardo Metroviche

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Auris Sousa

Cerca de 50 mil trabalhadores de diversas categorias, estudantes e integrantes de movimentos sociais, participaram na quarta-feira, 6, da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, em Brasília. O ato foi organizado pela Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil). Trabalhadores da região de Osasco também participaram.

Trabalhadores da região participaram

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Com objetivo de ampliar a pressão sobre o governo federal e o Congresso Nacional pela retomada dos investimentos em defesa dos empregos de qualidade, garantindo contrapartidas sociais e combatendo a especulação e os abusos do sistema financeiro, a marcha seguiu do estádio Mané Garrincha até o Congresso Nacional.

Com placas e faixas, os manifestantes reivindicaram a redução da jornada de trabalho para 40 horas, reforma agrária, a igualdade de oportunidade entre homens e mulheres, uma política de valorização dos aposentados, 10% do PIB para a educação, 10% do orçamento da União para a saúde, correção da tabela do imposto de renda e a ratificação e regulamentação das convenções 158 e 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“grande mobilização”
O ato contou com manifestantes de várias partes do país e surpreendeu o presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres. “A mobilização foi muito grande, os trabalhadores estão fortes na luta”, avaliou.
Segundo ele, a ideia é intensificar os atos em prol da pauta trabalhista por meio de manifestações que, provavelmente, serão realizadas por categorias.

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Pressão sobre governo e Congresso gera resultados

A segunda etapa da 7ª Marcha foi de articulação política. Os representantes das centrais sindicais se reuniram com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, o presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB-RN), e a presidente Dilma Rousseff.
Na reunião, Dilma assinou decreto que firma o compromisso do governo de regulamentar a Convenção 151 da OIT, que estabelece o princípio da negociação coletiva para trabalhadores do setor público.
O ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou que um grupo de trabalho prepara uma legislação sobre o tema, que será enviada ao Congresso. Ele também informou que a presidente reforçou a necessidade de se direcionar os recursos provenientes dos royalties do pré-sal para a educação, e pediu o engajamento dos trabalhadores no tema.

Governo se propôs a discutir reivindicações

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos Municipais de Osasco e Região (Sintrasp), a regulamentação da Convenção é uma das mais importantes para a categoria, já que estabelece a promoção e defesa dos interesses dos servidores públicos.
Para o presidente do Sintrasp, Jessé de Castro, a entrada em vigor da Convenção fortalecerá os sindicatos e fará com que as autoridades os respeitem como representantes do trabalhador. “Com a regulamentação teremos liberdade de expressão, podendo participar e organizar atos que ampliem e melhorem os direitos e condições de trabalho do servidor”.
Além da Convenção 151, o governo reafirmou o compromisso de acelerar a reforma agrária e se dispôs a discutir a diminuição da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário.

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