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A Copa e a arena eleitoral

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A diversidade de pensamento é uma ferramenta essencial para o aprimoramento da democracia, para o desenvolvimento social e a manutenção de princípios éticos. E está intimamente ligada à liberdade de expressão. Em tempos de internet, flash mobs e redes sociais, seu papel reveste-se da maior importância.

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Por isso causam grande preocupação os episódios, que começam a surgir, de ação truculenta e repressão violenta de manifestações contra a Copa do Mundo no Brasil. Desde que organizados de forma pacífica, esses movimentos deveriam servir de alerta para a necessidade de outras demandas e reivindicações da comunidade, ou parte dela.

Há muito tempo o país do futebol ansiava sediar o Mundial

No entanto, também causa estranheza o barulho e a amplitude desproporcional que essas manifestações – de grupos pequenos e de representatividade questionável – têm alcançado. O anúncio recente da FIFA, dos pedidos para mais 3,5 milhões de ingressos para o Mundial, só reforça essa perspectiva. O montante eleva para quase 10 milhões o total de pedidos, levando em conta a fase anterior. Além disso, das novas solicitações, cerca de 80%, ou 2,6 milhões, foram feitas por torcedores brasileiros.

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Esses números confirmam o que o senso comum indicava bem antes da atual – e artificial – polêmica: há muito tempo o país do futebol ansiava por sediar o Mundial. No passado, no entanto, ainda não afloravam tão claramente oportunidades de levar a questão para a arena eleitoral.
Parece que, de fato, a Copa já começou. Mas se desenrola, neste momento, no terreno da disputa pela superioridade eleitoral em outubro. Diante disso, o que milhões de torcedores devem temer não é o efeito que a Copa poderá ter nas eleições. Mas o prejuízo que as eleições podem trazer à Copa!

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