Nesta quinta-feira, 15, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu início à operação do conjunto de bombas que captarão a água do chamado “volume morto” do Sistema Cantareira. A medida realizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é inédita. A água da também chamada reserva técnica do principal manancial do estado deve chegar às torneiras de mais de 8 milhões de habitantes da Grande São Paulo no domingo.
Com isso, o nível do Sistema Cantareira será acrescido de 182,5 bilhões de litros de água, um aumento de 18,5%. A medida só é possível por conta do projeto de instalação de 17 bombas e abertura de um canal de 3,5km iniciado em março. O projeto prevê ainda uma segunda etapa com a instalação de equipamentos na represa Atibainha.
O sistema Cantareira responde pelo abastecimento de cerca de 9 milhões de habitantes, trata em média 32.560 litros por segundo, o que corresponde a 47% da água distribuída na Grande São Paulo e 65% da demanda da capital paulista.
Abastecimento será interrompido no domingo
Desde fevereiro, quando a Sabesp adotou o bônus de 30% na conta para consumidores que reduzirem pelo menos 20%, o consumo médio de água caiu. Segundo a empresa, até agora houve redução de 8.590 litros a cada segundo, o que seria suficiente para abastecer 2,6 milhões de habitantes.
Racionamento?
Apesar de a retirada do “volume morto” ter sido a saída pelo governo para evitar o racionamento de água, algumas medidas da Sabesp parecem apontar no sentido contrário. A companhia informou que, no domingo, 18, uma manutenção elétrica nas instalações do Booster Jaguará da Sabesp afetará o fornecimento de água em Barueri, Carapicuíba, Osasco, além das regiões do Tamboré e Alphaville em Santana de Parnaíba. Após a conclusão dos trabalhos, o abastecimento será retomado de forma gradativa podendo retornar somente à noite em alguns pontos.
