Alunos do Unifieo temem não conseguir concluir cursos

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Docentes e alunos realizaram protestos reivindicando o pagamento dos atrasados / Foto: Carol Nogueira.
Docentes e alunos realizaram protestos reivindicando o pagamento dos atrasados / Foto: Carol Nogueira.

Crise// Com professores em greve, instituição não cumpriu acordo de regularização dos salários atrasados

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Carol Nogueira

Há mais de 30 dias em greve, os professores do Centro Universitário Fieo fizeram, com o apoio de alunos da instituição, mais uma manifestação na noite de terça, 13, para cobrar o pagamento dos salários atrasados e transparência com as contas da instituição. O ato reuniu cerca de 50 pessoas, que chegaram a fechar uma das pistas da Avenida dos Autonomistas.

Os funcionários estão há quatro meses sem receber. No início do mês a instituição prometeu pagar os salários atrasados até o dia 5, o que não ocorreu.

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De acordo com a professora de ciências exatas Cláudia dos Santos, mais de 100 professores de quase todos os cursos aderiram à greve. Eles temem demissão. “É uma falta de respeito conosco, que ficamos 14 meses recebendo o salário atrasado e agora não estamos recebendo nada. Os alunos estão nos dando muito apoio, mas acabam se prejudicando também”, disse.

A aluna Caroline Alves, do sétimo semestre de Comércio Exterior reclama da falta de informações e teme o que vai acontecer no próximo ano. “A grande preocupação é se vou conseguir me formar. Estou fazendo TCC, mas tenho amigos que estão com trabalho pronto e não sabem quando vão apresentar”, declarou.
“Não temos informações sobre o que vai acontecer. Ainda não fechamos o semestre, porque temos que fazer as provas finais”, completou a universitária.

Assembleia

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Os professores realizaram uma assembleia na noite desta quinta, 15, para decidir sobre a mobilização e até o fechamento desta edição a tendência era manter a greve.

De acordo com o professor de sociologia Luiz Carlos Seixas, o Sindicato dos Professores de Osasco e Região abriu um processo no Tribunal Regional do Trabalho, que determinou a regularização dos salários em dez dias, deixando como garantia um imóvel da instituição na rua Narciso Sturlini, Centro, onde funcionada o campus do curso de Direito.

“A faculdade propôs a mudança do imóvel de garantia e pediu o fim da greve, mas nós vamos manter até que os salários sejam regularizados”, disse.

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A assessoria de imprensa do Unifieo não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta edição.

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