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Após 1 ano, quem envenenou marmitas que mataram duas pessoas em Itapevi continua solto

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Vagner e José Luiz morreram após comerem marmitas que estariam envenenadas, em Itapevi / Fotos: Reprodução

Um crime que chocou o Brasil está prestes a completar um ano sem ter sido solucionado. Trata-se do caso das marmitas envenenadas em Itapevi, que causaram as mortes de dois moradores de rua e um cão, além das sequelas em um menino de 12 anos, que está internado desde o ocorrido, em 22 de julho de 2020.

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Vagner Gouveia de Oliveira, de 37 anos, e Luiz de Araújo Conceição, 61, passaram mal e morreram logo após comer um pedaço de carne contaminada que estava nas marmitas entregues aos moradores de rua por um grupo de voluntários. O cachorro de um dos moradores de rua também morreu.

Uma adolescente na época com 17 anos e um menino, de 11, também ingeriram os alimentos e foram hospitalizados em estado grave. A jovem se recuperou e está bem. Já o garoto Fábio Abraão, hoje com 12 anos, viu a sua vida mudar completamente devido às consequências do envenenamento. Ele não anda, não fala, e está internado no Hospital da Associação Cruz Verde, na capital paulista.

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Flávio Abraão, pai do menino, fez aniversário recentemente e lamentou ao lembrar que no aniversário anterior, podia ver o filho correndo, pulando e brincando, coisas que o garoto não consegue mais fazer. “É revoltante saber que vai fazer um ano que meu filho comeu esses alimentos envenenados e até agora a pessoa que fez isso ainda não foi presa. A minha vida mudou completamente, o meu filho nunca mais saiu do leito do hospital. Quem fez isso tem que pagar”, desabafou o morador de Itapevi.

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Fábio Abraão, hoje com 12 anos, segue hospitalizado desde o envenenamento / Foto: Arquivo Pessoal

Entre os suspeitos de ter envenenado a carne que foi colocada nas marmitas estaria uma mulher, que também vive em situação de rua. “Existe uma grande dificuldade por parte da autoridade policial para solucionar esse caso porque tem-se a informação de que os suspeitos são moradores de rua, o que dificulta na identificação dessas pessoas”, explica o advogado Nelson Issao Hoshino, que acompanha o caso ao lado de Flávio Abraão e integra o núcleo de apoio às vítimas de violência doméstica e de pessoas desaparecidas do mandato do deputado estadual Márcio Nakashima (PDT).

A polícia trabalha com a hipótese de que o alvo do envenenamento seria Vagner, por vingança. Segundo testemunhas, ele tinha fama de briguento e teria se envolvido em uma confusão pouco antes de comer os alimentos contaminados. Outra linha de investigação aponta que o envenenamento teria ocorrido após os moradores de rua receberem a comida, já que o grupo que preparou os alimentos não havia colocado carne dentro das marmitas.

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Reprodução

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A Delegacia de Itapevi é responsável pelas investigações e já ouviu cerca de 30 pessoas em meio aos trabalhos para identificar o autor do crime. Ao Visão Oeste, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que as equipes aguardam o resultado de laudos periciais, que ainda não foram concluídos. “Além disso, o Ministério Público solicitou diligências complementares, que estão sendo providenciadas”, diz o comunicado.

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