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Artigo – A Copa e o Tietê

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Fláudio Azevedo Limas é vice-prefeito de Itapevi

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O dia 15 de maio foi o escolhido para a “mobilização contra as injustiças da Copa”, segundo seus organizadores. Mas o que se viu em todo o País foram várias manifestações, que a pretexto de se mobilizar contra injustiças, culminaram em destruição e vandalismo.

Expressar sua opinião é um direito garantido pela Constituição. Estamos em um País Democrático. Mas a 26 dias da Copa, não seria mais oportuno que esses movimentos se empenhassem para que o torneio mundial transcorresse sem violência? Queremos ser conhecidos não só por ser o País do Futebol, mas também da organização de eventos de grande porte. Isso traz divisas para o Brasil e nos insere no tão disputado cenário de eventos internacionais.

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Além disso, cabe uma ressalva aos participantes. Há questões no Estado de São Paulo que precisam de uma mobilização real e contínua. A partir da década de 1990, depois de forte mobilização popular, o governo do estado de São Paulo deu início ao projeto Tietê Vivo. Este projeto, ainda em execução, nunca mostrou bons resultados. As águas do rio, que passam pelos municípios de Carapicuíba, Osasco, Barueri e Santana de Parnaíba, continuam recebendo esgoto sem tratar e de pouco adiantou investimentos na ordem de US$ 3,6 bilhões.

Segundo dados do IBGE que analisam os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), o Tietê ficou com o primeiro lugar entre os 10 rios mais poluídos do Brasil. O quadro negativo desta situação pode e deve ser mudado com mais empenho em políticas públicas que contemplem, principalmente, o tratamento dos esgotos. E mais mobilização da população para questões, que de fato, fazem toda a diferença.

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