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Bolsonaro fala em risco de “convulsão no Brasil” se não houver voto impresso em 2022

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Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou em risco de “convulsão no Brasil” se não for implantado o voto impresso nas eleições presidenciais de 2022.

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“Caso contrário, teremos dúvidas nas eleições e podemos ter um problema seríssimo no Brasil. Pode um lado ou outro não aceitar e criar uma convulsão no Brasil”, disse o presidente, durante live nas redes sociais nesta quinta-feira (17).

O tema está em tramitação no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional 135/2019, apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e sob a relatoria do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). A medida torna obrigatória a impressão do voto para auditagem.

Para presidente do TSE, voto impresso seria “retrocesso”

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, avalia que a implementação do voto impresso reduziria a segurança das eleições, trazendo de volta fraudes e falhas humanas, problemas que teriam ficado no passado com a adoção da urna eletrônica.

“A vida vai ficar bem pior, vai ficar parecido com o que era antes”, disse o ministro da tribuna da Câmara dos Deputados, onde compareceu, no dia 9, para participar de uma comissão geral sobre assuntos eleitorais. Ele acrescentou, contudo, que se o Congresso aprovar, e o Supremo Tribunal Federal (STF) validar, o TSE implementará o voto impresso. “Eu torço para que ela [aprovação] não venha, mas se vier nós cumpriremos”, afirmou.

“Acho que o voto impresso vai nos trazer um problema do qual já nos livramos, que é o transporte, a guarda e a contagem manual dos votos, o que seria um retrocesso”, ressaltou o ministro Luís Roberto Barroso.

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A adoção do voto impresso custaria R$ 2 bilhões aos cofres públicos, segundo a estimativa do TSE.