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A caixa-preta das obras paulistas

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A realização das grandes obras públicas no estado de São Paulo são permeadas por suspeitas e investigações que caminham lentamente. No momento em que se desvendam grandes esquemas de corrupção pelo país, envolvendo políticos dos mais variados partidos, chama atenção a verdadeira caixa-preta das obras promovidas pelo governo do estado.

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Entrou na mira do Ministério Público Federal a obra de ampliação da Marginal Tietê, realizada durante a administração José Serra (PSDB), atualmente ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (PMDB). A obra ampliou as pistas da marginal e custou R$ 816 milhões, recurso que poderia, inclusive, ter sido investido em transporte público, mas essa é outra discussão.

Além do repasses ilegais a empresas de fachada, outra denúncia, do MP-SP, acusa o consórcio de empreiteiras de receber aditivos irregulares de R$ 71 milhões na obra. Curiosamente, assim como nas investigações do cartel para compra de trens, batizado de “trensalão”, não aparecem políticos nas denúncias.

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Outra denúncia, revelada nesta semana, apura suposta propina para abafar as investigações do acidente na construção da Linha Amarela do Metrô, ocorrido em 2007. Em outubro desse ano, a justiça paulista decidiu que não há responsáveis pela cratera que se abriu e matou sete pessoas.

É importante lembrar que, tanto na obra da Marginal quanto na do Metrô, as empreiteiras foram as mesmas que estão envolvidas na Lava Jato e pagavam propina a políticos em obras da Petrobras. Será que somente em São Paulo não adotavam tais práticas para garantir os contratos públicos?

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