Entrar no carro, sentar no banco do motorista, escolher para onde ir e… curtir a viagem olhando a paisagem, interagindo no smartphone, no tablet ou executando tarefas no notebook.
Nada de acelera-freia-troca a marcha-dá seta-para… Essa realidade pode estar mais próxima do que você imagina.
Ao lado das empresas de tecnologia, as montadoras de carros entraram em uma verdadeira “corrida” em busca de ser a primeira a lançar um veículo que ande sozinho, o primeiro carro automático realmente eficiente.
Por enquanto, ainda não existe carro totalmente autônomo, mas algumas montadoras estão em fase de testes. Segundo expectativas das empresas, na próxima década poderão lançar carros totalmente autônomos.
A BMW, por exemplo, diz que terá produção industrial em quatro anos, 2021. Além da tecnologia, a venda desses carros precisará ter o aval da legislação.
Além das montadoras, empresas de tecnologia, como o Google, já produzem carro com piloto automático desde 2009.
O Google, unidade da Alphabet, disse que seus carros já rodaram 2 milhões de milhas (cerca de 3,2 milhões de quilômetros) em vias públicas e continuam a somar cerca de 25 mil milhas de “test drives” por semana.
Outra parceria importante é da Intel com a BMW e a israelense Mobileye. Juntas, elas pretendem fazer o motorista tirar a mão do volante e também o olho da estrada, o chamado nível 3 de autonomia.
A proposta pretende chegar ao nível 4, que é liberar a mente para o tempo gasto dentro do carro se transformar em lazer ou trabalho.
O Volvo XC90 já permite alguns níveis iniciais de automação como assumir o controle do carro sob certos limites de tempo e velocidade, e sob regras como a de que o motorista mantenha a mão no volante.
No ano passado, um acidente fatal com um automóvel em teste da Tesla nos Estados Unidos levantou a discussão sobre a tecnologia dos carros com piloto automático.
Teste na USP
A Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, desenvolve o projeto de Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma, chamado de Carina. Ele foi o primeiro testado nas ruas de uma cidade na América latina, em 2013.
Baseado em informações de sensores a laser e câmeras, o carro adaptado de um modelo comprado na loja avalia o contorno 10 vezes por segundo para tomar decisões. Após o teste nas ruas, o próximo passo será transformar o Carina em um serviço de táxi dentro do campus da USP.
