As centrais sindicais decidiram realizar manifestações e atos para combater a crise, destravar investimentos e recuperar empregos, especialmente nos setores do construção civil, petróleo, gás e indústria naval. A decisão foi tomada em reunião realizada na segunda-feira, 9, com representantes de centrais sindicais e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos) para debater o assunto.
Serão realizados atos no dia 3 em São Paulo e no dia 8 no Rio. No dia 9, serão entregues reivindicações ao governo e Congresso. A proposta é que lideranças empresariais também participem das manifestações.
O foco principal da ação será a preservação dos empregos, com a retomada do crescimento. Outra pauta é o combate à desnacionalização da indústria. “Na construção pesada, por exemplo, as chinesas já estão chegando. E outros segmentos estão passando para controle estrangeiro. Isso, na prática, empobrece a nação”, alertou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Petrobras
Os sindicalistas também falaram sobre a importância da Petrobras, que representa cerca de 12% do PIB nacional, segundo o Dieese, para a economia nacional e do desafio de superar os escândalos de corrupção envolvendo a empresa.
Desde o início da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na estatal, a empresa sofre restrições de crédito e suspensão de negócios, com impacto na perda de empregos.
“Consideramos que, a exemplo de outros países que enfrentaram o mesmo problema, o Brasil precisa ter mecanismos céleres e eficazes de promover, ao mesmo tempo, investigação, julgamento e punição dos culpados, e criar instrumentos complementares que permitam aos órgãos responsáveis liberar e viabilizar a atividade das empresas nas suas finalidades produtivas”, diz nota divulgada pelos sindicalistas.
