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Centrais prometem manifestações e greves em julho

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*Paulo Pereira da Silva

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Tão logo as centrais sindicais anunciaram uma série de manifestações e greves para dia 11 em todo o País, pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff se recusou a negociar a Pauta Trabalhista com os representantes dos trabalhadores.

Apresentamos a nossa pauta de reivindicações, que inclui, entre outras, combate à inflação, redução da jornada de trabalho, revogação do fator previdenciário, regulamentação da terceirização, melhorias no transporte público, recursos para a educação e a saúde, contra os leilões do petróleo, e valorização das aposentadorias, mas a presidente nada falou sobre os nossos pleitos. Levantou-se e foi embora.
Foi uma reunião em que ouvimos somente os planos mirabolantes da presidente Dilma do que solução para os problemas dos trabalhadores. Em todas as reuniões que tivemos com o governo até hoje, nada foi resolvido. E nesta reunião foi pior porque ela nem deu andamento a nossa pauta.

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Por isso, não nos surpreende as grandes manifestações de protesto promovidas pelo povo brasileiro, descontente com a falta de soluções para a alta da inflação, serviços públicos ruins e caros e a corrupção no País. E descontente também com a falta de sensibilidade da presidente em negociar as grandes demandas nacionais com os vários segmentos da sociedade, entre os quais trabalhadores das cidades e do campo, estudantes, mulheres, jovens, pessoal sem moradia e dezenas de movimentos sociais.

Por isso, onde for possível os trabalhadores vão cruzar os braços para exigir do governo medidas econômicas que reduzam a inflação e reivindicar também mudanças na política econômica. A pauta que tentamos negociar com a presidente é resultado de um amplo acordo unitário aprovado pelas centrais na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) realizada em junho de 2010.

*Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, é presidente da Força Sindical

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