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Centrais querem fim do Fator e correção do IR

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Trabalhadores tomaram ruas do Centro da Capital para pressionar o governo / Foto: Eduardo Metroviche

Trabalhadores tomaram ruas do Centro da Capital para pressionar o governo / Foto: Eduardo Metroviche
Trabalhadores tomaram ruas do Centro da Capital para pressionar o governo / Foto: Eduardo Metroviche

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Na terça-feira, 12, uma passeata da Praça da Sé até o viaduto Santa Ifigênia, em São Paulo, reuniu cerca de 3 mil trabalhadores ligados à Força Sindical, CUT, e outras centrais sindicais, em um protesto pelo fim do fator previdenciário e pela correção da tabela do Imposto de Renda (IR).

Manifestação contra juros será dia 26

“O Fator é um desastre porque tira 40% do benefício no ato da aposentadoria. Já a tabela do IR precisa ser reajustada pela inflação, caso contrário os aumentos reais conquistados pelas categorias serão corroídos no pagamento do Imposto de Renda”, declarou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

A tabela do IR está defasada em 62,77%. Os trabalhadores cobram que o governo faça a correção da tabela todos os anos porque, caso contrário, o imposto corrói os reajustes conquistados nas campanhas salariais. Já o fator é um critério utilizado para calcular o valor das aposentadorias, considerando o tempo de contribuição, idade e expectativa de vida, que reduz o valor do benefício em até 40%.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, explicou que os trabalhadores insistem na luta contra o fator previdenciário e querem negociar uma alternativa, como a fórmula 85/95, representando a soma da idade e do tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente.

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CUT
Para Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT nacional, o dia 12 foi vitorioso. “Aqui em São Paulo o ato está bem expressivo, mostrando a força das centrais sindicais.

Agora, a agenda continua”, afirmou, citando a tabela do Imposto de Renda (IR) e a manifestação que será realizada em Brasília, no próximo dia 26, contra o aumento da taxa de juros. “Enquanto não houver alternativas, vamos continuar na rua. Não vamos parar até termos um retorno por parte do governo”.

A classe trabalhadora luta contra o fator previdenciário desde as gestões Fernando Henrique Cardoso, que criou e instituiu o mecanismo. A CUT não defende a fórmula 85/95 para o fator previdenciário, mas sim o fim desse mecanismo.

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“Estamos sempre abertos à negociação, mas, agora, defendemos o fim do fator previdenciário. Não mais o 85/95 ou outra forma, mas o fim, pelo malefício que traz à população”, disse Sérgio Nobre.

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