*Paulo Pereira da Silva
Neste início de ano, um fato importante a ser destacado é a retomada da unidade de ação das centrais sindicais. Elas já iniciaram a convocação da marcha pelo desenvolvimento com valorização do trabalho, a ser realizada dia 6 de março, em Brasília.
As reivindicações são unitárias, pois constam da “Agenda da Classe Trabalhadora”, aprovada pelo movimento sindical em 2010. Basicamente, exigimos do governo a introdução de um projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho.
Entre tantas reivindicações do documento, decidimos priorizar algumas que devem ser postas em prática imediatamente para acelerar o crescimento econômico e valorizar o emprego e o rendimento dos trabalhadores.
Na concentração a ser realizada em frente ao Palácio do Planalto vamos deixar claro a necessidade de o governo acelerar o investimento público e estímulos para a retomada dos investimentos privados em áreas geradoras de emprego.
Mostraremos a nossa indignação pela manutenção do fator previdenciário, que deve ser revogado imediatamente. Queremos também a jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial, 10% do PIB para a educação e 10% para a saúde. Pleiteamos ainda a regulamentação da Convenção 151 e aprovação da Convenção 158, ambas da OIT.
Os trabalhadores não podem esquecer das demandas que atendem outros segmentos da sociedade, como a criação de uma política nacional de valorização das aposentadorias e a efetivação da reforma agrária.
Com unidade na luta, acreditamos ser possível ampliar a pressão sobre o governo e patrões para o atendimento da nossa pauta, que cobra mais atenção à produção, aos salários e ao investimento em políticas públicas.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, é deputado federal pelo PDT-SP e presidente da Força Sindical
