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Centrais sindicais criticam aumento da taxa de juros

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Sindicalistas fizeram protesto em Brasília contra a alta na terça-feira, 26 / Foto: Felix Pereira

Sindicalistas fizeram protesto em Brasília contra a alta na terça-feira, 26 / Foto: Felix Pereira
Sindicalistas fizeram protesto em Brasília contra a alta na terça-feira, 26 / Foto: Felix Pereira

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As duas principais centrais sindicais do país, a Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores (CUT), criticaram na quarta-feira, 27, a elevação da taxa básica de juros (Selic). O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa de 9,5% para 10% ao ano.

Em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatizou que o aumento trará consequências prejudiciais ao consumo, à produção e ao emprego. “A medida demonstra a falta de convicção do governo com relação ao crescimento econômico e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento econômico. Para a Força Sindical, a política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do país e não o contrário”, destacou.

Foi o sexto aumento da Selic este ano

Na avaliação da CUT não há razão para o novo aumento. “A política de elevação das taxas de juros além de não contribuir para controlar os índices inflacionários, prejudica o desenvolvimento sustentável do país, gerador de emprego e renda, reduz o mercado interno, encarece o crédito e serve apenas aos interesses do capital especulativo”, frisou em nota.

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Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) destacou em nota assinada pelo presidente da federação, Paulo Skaf, que “essa política econômica não funciona mais. Se queremos resultados diferentes, precisamos fazer diferente. O Brasil precisa de um novo foco na política econômica: maior controle dos gastos, mais investimento público, mais concessões e menores taxas de juros”, acrescenta.

Manifestação
Só neste ano, este é o sexto aumento da taxa de juros. Por isso, na terça-feira, 26, as centrais sindicais se uniram em frente ao Banco Central em Brasília contra o aumento. Além disso, na manifestação, os sindicalistas reivindicaram a queda das tarifas e dos juros bancários e a regulamentação do sistema financeiro.
O protesto contou com a participação de trabalhadores de diversas categorias.

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