Carol Nogueira
Os moradores de Presidente Altino, em Osasco, vivem apreensivos a qualquer hora do dia e sobretudo, à noite, com o grande número de assaltos e falta de policiamento.
O secretário de Segurança de Osasco, Valdeci Magdanelo, declarou esta semana que pretende realizar no bairro grandes operações de patrulhamento em parceria entre a Guarda Civil Municipal (GCM) e as Polícias Civil e Militar.
“Propus mega operações entre GCMs, [Polícia] Civil e PM, fechar tudo e fazer a limpa. Irá acontecer”, declarou Magdanelo. Ele é ex-delegado do 9º Distrito Policial, localizado no bairro, e diz que o cenário de reclamações sobre a alta criminalidade na região de Presidente Altino “irá mudar”. “Devo a Altino e não fico bem com ocorrências aí”, disse ele.
É o que espera o empreiteiro Tiago Godinho, 33, para pôr fim à rotina de medo no bairro.
“Na semana passada, minha vizinha, que é uma idosa, estava chegando em casa e saiu uma mulher, que havia acabado de roubar sua residência. Este ano, meu amigo levou um tiro de raspão na cabeça, após reagir ao assalto”.
Também moradora do bairro, Fabiana Lopes, 39, diz que são comuns arrastões em veículos na rua Henry Ford e arredores.
“A rua Henry Ford é muito escura e os carros que param no semáforo são assaltados. É muito perigoso”.
Roubos de veículos triplicaram
Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública mostram altas expressivas nos roubos e furtos de veículos registrados no 9º Distrito Policial, localizado no bairro.
O número de veículos roubados triplicou em janeiro desse ano, com relação ao mesmo mês em 2016. Os furtos de veículos cresceram 120%.
Houve redução nos registros de roubos e furtos em geral. Porém, nem sempre as vítimas fazem boletim de ocorrência e entram nas estatísticas oficiais.
Vizinhos se unem contra a insegurança
Moradores da rua Rodolfo Zolli, em Presidente Altino, se uniram e implantaram sistema de vigilância por câmeras, no projeto Vizinhança Solidária, que tem o apoio da PM.
Foram instaladas duas câmeras e cada morador contribui com R$ 42 mensais para manutenção, o monitoramento é realizado por meio de um aplicativo.
“Em breve, teremos seis câmeras. O projeto é uma ação social e mantida 100% pela comunidade local. O maior ganho é o resgate da convivência entre as famílias da rua e do bairro”, destacou Cintia Lins Grof, uma das moradoras da rua.
