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Com consultas a partir de R$ 20, clínicas populares se espalham pela região

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Carol Nogueira

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Na região de Osasco, tem crescido o número de clínicas populares, que atraem pacientes pelo baixo valor das consultas com clínico geral e especialidades.
O presidente da Associação Paulista de Medicina Regional Osasco, Michel Salim Gebara, avalia que os pacientes veem nas clínicas populares uma alternativa de baixo custo diante de um Sistema Único de Saúde (SUS) sobrecarregado.

“Com a dificuldade de passar no SUS, as pessoas procuram outras alternativas. Essas clínicas são confiáveis e o grande benefício é o preço. Além do mais, o principal intuito é a medicina preventiva, porque resolve rápido e não tem o longo tempo de espera da saúde pública”, destaca.

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As clínicas populares oferecem clínico geral e diversas especialidades, como ginecologista, pediatra, nutricionista, cardiologista, dermatologista, oftalmologista, entre outras, além de exames e até procedimentos cirúrgicos.

Em Osasco, a Nossa Clínica Osasco oferece consultas a partir de R$ 20, para clínico geral, R$ 28 para especialidades e avaliação gratuita com o odontologista. Na Acesso Saúde, o serviço é a partir de R$ 67; na Clínica Fares custa a partir de R$ 75 e na Docctor Med os preços variam de R$ 80 a R$ 100. Já em Carapicuíba, a Saúde em Dia pratica valores a partir de R$ 90 e o Centro Médico Dr. Saúde atende clínico e especialidades a partir de R$ 75. Ainda não existem dados oficiais no Brasil sobre a expansão das clínicas populares.
Organizações

Organizações como sindicatos e associações também têm aderido às clínicas populares e feito parcerias para que seus associados tenham desconto. Um deles é o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos de Osasco e Região (Sintrasp), que fez convênio com a Nossa Clínica Osasco. Além do baixo custo nas consultas, os associados têm acesso ao Cartão de Todos, que permite incluir até oito dependentes para usufruir do serviço.

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“Com o aumento dos valores dos convênios e a dificuldade de agendamento no serviço público, o Sintrasp buscou essas parcerias. Quando o valor é mais alto, nós subsidiamos”, diz o presidente da organização, Antônio Rodrigues dos Santos, o Toninho do Caps.

Planos de saúde perderam 1,6 milhão de pessoas em um ano

As clínicas populares ganham espaço em um cenário de queda no número de brasileiros com planos de saúde, que perderam 1,6 milhão de pessoas em um ano, em parte devido ao desemprego, que atinge quase 13 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Isso porque a maior parte dos atendidos pelos planos têm cobertura empresarial.

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Setor passa por avaliação da ANS

Um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Sáude para elaborar e discutir o Plano de Sáude Acessível, também conhecido como Plano de Saúde Popular, encaminhou à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) uma proposta para avaliação técnica e jurídica do conteúdo.

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Foram enviadas três sugestões, todas elas oferecendo uma cobertura restrita, menor do que a dos planos conhecidos, a preço mais baixo. Dependendo do procedimento, o paciente vai ter, por exemplo, que pagar metade da conta.

Na proposta estão o Plano Simplicado, que prevê cobertura para atenção primária; o Plano Ambulatorial Mais Hospitalar, para cobertura de atenção básica, especializada, de média e alta complexidade; e o Plano em Regime Misto de Pagamento, no qual o cliente pagaria uma mensalidade e, de acordo com o procedimento, dividiria em até 50% dos custos com o plano.

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