O secretário de Saúde, José Carlos Vido, e o prefeito Rogério Lins em visita a unidade de saúde

O combate, desde o início do ano, a um “esquema” no qual médicos cumpriam jornada menor do que o contratado dificultou a contratação de novos profissionais para a rede municipal de saúde em Osasco, segundo o secretário municipal de Saúde, José Carlos Vido.

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De acordo com ele, muitos médicos aprovados em processo seletivo realizado pelo município desistiam após saber que a administração não abriria mão de que cumprissem jornada integral.

Segundo vereadores e o próprio secretário, era comum na rede que profissionais contratados para dar plantão por 12 horas só cumprissem uma parte dele, entre outras irregularidades.

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“Muitos deles já passaram por aqui, participaram de outros processos seletivos, vieram ainda com aquele pensamento na cabeça de que iam assinar um contrato de 12 horas e iam trabalhar duas, três, cinco horas, e nós não aceitamos mais isso”, declarou Vido em reunião no Conselho Municipal de Saúde.

O encontro ocorreu em fevereiro, mas a ata da reunião só foi publicada na Imprensa Oficial do Município de Osasco (Iomo) na semana passada.

“Tenho tratado isso com o prefeito, nós vamos sofrer um pouco mais [para contratar médicos], mas vamos moralizar, custe o que custar. Essa relação do profissional de saúde com a Secretaria de Saúde, todos os combinados anteriores não foram combinados comigo”, continuou Vido, na reunião.

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“Não combinaram comigo, então não vale pra mim. Se no contrato é pra trabalhar doze 12 horas, então vai trabalhar doze 12 horas, do contrário não serve. Estamos cobrando aquilo que está no contrato e eu, como gestor, não posso ter outra conduta, a não ser, exigir isso”, completou o secretário de Saúde.

Os “combinados anteriores” aos quais ele se refere seriam o fato de gestões anteriores serem permissivas com relação à jornada menor como uma forma de compensação aos salários abaixo da média pagos pelo município.

Na ocasião, Vido falou ainda sobre outras ações em andamento na pasta e analisou que “hoje, cerca de 60% da população ainda é insatisfeita com o atendimento na Saúde”.

300 médicos

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De acordo com o prefeito Rogério Lins (PTN), a prefeitura tem a meta de até o fim do semestre incorporar um total de 300 médicos à rede.

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