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Comissão investiga origem de danos

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Rachaduras põem em risco imóveis no Conj. dos Metalúrgicos / Foto: Eduardo Metroviche
Rachaduras põem em risco imóveis no Conj. dos Metalúrgicos / Foto: Eduardo Metroviche

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William Galvão

Após uma série de denúncias por parte dos moradores do Conjunto dos Metalúrgicos e do condomínio Guimarães Rosa, em Osasco, foi instaurada na Câmara Municipal uma Comissão Temporária de Estudos (CTE) que vai apurar e diagnosticar os motivos de danos estruturais, como rachaduras, que foram registrados em pelo menos 180 imóveis.
A Defesa Civil de Osasco já vistoriou o local e fez um laudo constatando os riscos. Os problemas nas estruturas começaram em 2009, quando houve o aterramento de um córrego de mais de 25 mil m², onde foram despejados cerca de 50 mil m³ de terra.

Problemas teriam surgido após aterro de córrego

De acordo com o presidente da comissão, vereador André Sacco (PSDB), o intuito é responder aos anseios da população antes de apontar culpados. “Não queremos imputar erro a ninguém. Não estamos aqui levianamente apontando erro da administração ou da Sabesp. A finalidade é chegar ao diagnóstico para os moradores”, disse.
Além de André, também fazem parte da comissão os vereadores Aluisio Pinheiro (PT), Alex da Academia (PDT), Dinei Simão (PSC) e Maluco Beleza (PHS).

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Há quatro anos moradores sofrem com rachaduras

Desde 2009, os moradores do Conjunto dos Metalúrgicos reclamam do aparecimento de rachaduras, fissuras e trincas nas paredes e no piso de suas casas.
Quase todas as paredes da casa da supervisora Sueli Ferreira da Silva estão rachadas. “Começaram depois dessa obra do aterro. Começaram bem fininhas e foram se abrindo até o ponto de dividir a parede”, conta.

Já a dona de casa Roseli Antônia diz que já desistiu de reclamar. “Eu cansei, a Prefeitura já veio aqui várias vezes, mas nunca resolveram. A gente tem que ficar remendando a casa, espero um dia conseguir me mudar”.
Segundo o marceneiro João Gabriel Arruda, “a situação piora quando chove. Deve ter infiltração no aterro que fizeram de qualquer jeito, e quem sofre somos nós”.

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Caso Antigo
Em abril de 2011 a Prefeitura prometeu que em 40 dias concluiria o estudo no local para averiguar as origens do problema, o que não ocorreu. Caso fosse constatado erro no aterramento do córrego, a administração municipal seria penalizada para solucionar o problema com os moradores. No caso de problemas com o sistema de esgoto, a responsabilidade ficaria a cargo da Sabesp.

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