repleto de lama e lixo: “deixaram
o piscinão abandonado e estamos com medo de novas enchentes”,
diz moradora / Foto: Eduardo Metroviche
Leandro Conceição
Os moradores dos arredores dos piscinões do Rochdale e do Jardim Bonança, em Osasco, reclamam do estado de abandono nos locais, repletos de lama, entulho e mato. Desde o fim de 2011, o governo do estado assumiu a responsabilidade pela limpeza e manutenção dos reservatórios.
“Tem muito tempo que não é limpo, este piscinão está abandonado”, reclama o motorista Carlos Alberto da Silva, vizinho do reservatório do Rochdale. Para a auxiliar de produção Geane Lima, “é uma situação vergonhosa”.
O comerciante Agnaldo Rodrigues destaca ainda o mau cheiro vindo do “piscinão de lama”. “Quando faz calor, sobe um cheiro terrível”. Vizinha do piscinão do Jardim Bonança, a dona de casa Valdimari Piropô também reclama do mau cheiro e dos ratos e insetos no local.
O temor dos moradores é que, repletos de lama e entulho, os piscinões não consigam evitar novas enchentes durante as chuvas de verão. “Do jeito que está, quando começar a temporada de chuvas ele não vai dar conta”, avalia a dona de casa Maria de Lourdes Alves, do Jardim Bonança. “Deixaram o piscinão abandonado e estamos com medo de novas enchentes”, diz a dona de casa Suelen Rocha.
DAEE
Em nota, a assessoria do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) – órgão do governo do estado responsável pela manutenção dos piscinões – afirma que “em 2012, o governo do estado auxiliou diversas prefeituras com investimentos de R$ 29 milhões na limpeza de 25 piscinões, incluindo os do Rochdale e do Jardim Bonança, e a retirada de um total de 245 mil m³ de detritos”.
Além disso, diz o DAEE, foi lançado um programa de Parcerias Público-Privadas para a construção, modernização e operação de piscinões pelos próximos 20 anos. “Dentre os reservatórios que serão modernizados e operados pela iniciativa privada estão os do Jardim Bonança (62 mil m³) e Rochdalle (25 mil m³)”.
Sobre a limpeza dos piscinões, “é feita preterivelmente em períodos de seca, já que o solo úmido põe em risco os funcionários e equipamentos”, declara o órgão.
