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Confederações cobram atualização da tabela do IR

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Quem ganha a partir de R$ 1.903,99 paga o imposto e não há previsão de ajuste
Quem ganha a partir de R$ 1.903,99 paga o imposto e não há previsão de ajuste

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Após reunião no início de fevereiro, representantes de 16 confederações de trabalhadores e do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) divulgaram nota cobrando do governo a atualização da tabela do Imposto de Renda (IR) como forma de estimular o crescimento do país.

“Não podemos deixar que a crise nos desmobilize”

De acordo com as entidades, a defasagem da tabela vem se acumulando desde 1996, chegando a um total de 72,2%. Somente no ano passado, o IPCA atingiu 10,67%, enquanto a correção média nas faixas de renda da tabela foi de apenas 5,6%.

“A correção da tabela do Imposto de Renda é urgente para amenizar o impacto das obrigações tributárias sobre os milhões de assalariados do país”, afirma nota emitida pelas confederações. “A falta de correção da tabela do IR levará um enorme contingente de trabalhadores, antes isentos, a pagar impostos que irão corroer os reajustes salariais recentemente conquistados”, explica.

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Hoje quem ganha a partir de R$ 1.903,99 paga o imposto e o governo diz que ainda não há previsão para uma correção da tabela.
Entre as entidades que assinam o documento estão a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM). Foi a primeira de uma série de reuniões mensais que as Confederações nacionais de diversas categorias farão em Brasília, tendo como pauta o crescimento econômico e a defesa dos direitos trabalhistas.

“Não podemos deixar que a crise desmobilize as categorias. Ao contrário. Para defender direitos e avançar, vamos precisar das bases motivadas e informadas”, disse Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação (CNTA).

“Pode-se agravar o descolamento entre o governo e suas bases trabalhistas”
A nota também reafirma o posicionamento das entidades trabalhistas em meio à tentativa de governo de encaminhar uma reforma da Previdência. “É fundamental o compromisso do governo em não retirar direitos e conquistas no contexto da reforma da Previdência Social. Não aceitaremos qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora”.

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As entidades cobram ainda a redução da taxa básica de juros, a Selic. “É uma necessidade imediata, que será interpretada pelas forças da economia real como uma sinalização fundamental para a retomada de investimentos produtivos”.

O texto das confederações de trabalhadores ressalta ainda que “sem estas sinalizações, pode-se agravar a situação de descolamento entre esse mesmo governo e suas bases trabalhistas, o que só tenderia a ampliar a crise política que buscamos superar de maneira mais consequente e efetiva”.

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