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Contra mensalão, PT vai denunciar ilegalidade

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Lideranças petistas se reuniram nesta semana no Clube Floresta / Foto: Vivian Avellar
Lideranças petistas se reuniram nesta semana no Clube Floresta / Foto: Vivian Avellar

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Durante o evento de análise de conjuntura política realizado na segunda-feira, 25, em Osasco, o presidente eleito do PT no estado de São Paulo, Emidio de Souza, ex-prefeito de Osasco, afirmou que João Paulo Cunha e os demais petistas condenados na Ação Penal 470, o mensalão, estão sendo injustiçados. “Ele (João Paulo) não está sendo réu. Está sendo vítima”, disse. Emidio lembrou a história de Olga Benário, esposa de Luiz Carlos Prestes, militante do Partido Comunista Brasileiro que na década de 1940 foi extraditada para Alemanha nazista onde foi morta num campo de concentração.

Emidio comparou AP 470 à extradição de Olga Benário

“A deportação, já naquela época, mesmo sabendo todos os riscos que ela corria, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. Para mostrar que Joaquim Barbosa não começou hoje. Que a Justiça erra não é de hoje”, comparou.
Em entrevista ao Visão Oeste, o ex-prefeito de Osasco revelou que o partido vai “denunciar em qualquer fórum em que nós tivermos a oportunidade a ilegalidade e a injustiça que está sendo cometida contra esses companheiros. É flagrante a maneira cruel as prisões foram efetuadas. No caso do [José] Genoíno ela é revestida de um certo escárnio do presidente do STF, pela doença dele”, declarou.

PT de Osasco reúne filiados e apresenta estratégias

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O evento na noite de segunda-feira discutiu a conjuntura política da região e o cenário eleitoral do próximo ano. Com o título “Já pensou 2014”, o evento reuniu no Clube Floresta lideranças do partido na cidade, na região e no estado, além de centenas de filiados e representantes de partidos aliados da legenda no município.

Entre as presenças estavam o presidente eleito do PT Estadual, o ex-prefeito de Osasco, Emidio de Souza, e seu sucessor no Executivo municipal, o prefeito Jorge Lapas.
Na prática, o evento teve o objetivo de apresentar à militância a intenção do partido de lançar os nomes do atual vice-prefeito de Osasco, Valmir Prascidelli, e do deputado estadual, Marcos Martins, como chapa oficial do diretório nas eleições parlamentares em 2014, como candidatos a deputado federal e deputado estadual, respectivamente.
Emidio ressaltou que “como presidente do partido no Estado, eu vou evidentemente fazer a campanha como um todo, mas quando pisar em Osasco, aqui eu não vou ser presidente, eu vou ser militante”, disse, declarando apoio aos dois pré-candidatos do partido.

O prefeito Jorge Lapas enalteceu o esforço da militância em divulgar os avanços do país e o empenho do partido no que chamou de “sequência de vitórias, construídas em conjunto”, referindo-se também as apoio dos partidos aliados. Lapas falou ainda da importância para o município de ter parlamentares em Brasília e na Assembleia Legislativa para apoiar projetos da cidade junto a essas esferas.

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Além de ressaltarem a importância do partido chegar ao governo do estado com Alexandre Padilha e conquistar a reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República, todos os oradores manifestaram a preocupação com a manutenção do espaço da cidade no Congresso Nacional, de forma a não perder a vaga hoje preenchida pelo deputado federal João Paulo Cunha, que, implicado na Ação Penal 470 (o mensalão), não será candidato em 2014.
“Uma coisa que eu sempre disse é que o João Paulo é uma espécie de embaixador de Osasco no Distrito Federal […] O gabinete do João Paulo é como um pequeno pedaço de Osasco na Câmara Federal, e esse pequeno pedaço tem que continuar, agora trocando o nome do embaixador”, destacou Emidio.

Em entrevista ao Visão Oeste, o prefeito Jorge Lapas lembrou que nas eleições de 2000 o PT lançou dois candidatos para cada posto. “Com a articulação que a gente conseguiu agora […] conseguimos conciliar para que sair uma chapa única do PT. Isso é um avanço e há muitos anos o PT não conseguia essa unidade”, disse. Lapas considera a possibilidade de haver reflexos do julgamento do mensalão em 2014, mas minimiza esse efeito: “o que é fato é que a vida [do povo] melhorou. É isso que é a grande arma nossa. A gente fala o que faz. O governo federal tem transformado a vida das pessoas e os governos municipais do PT também”, disse.

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