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Corretora prega “não” à Black Friday e defende que economia pode gerar mais de 50% de lucro em um ano

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Foto: Marcello Casal Jr/Arquivo/Agência Brasil

Quem investiu o dinheiro a ser gasto na Black Friday em 2017 terá agora um valor 50% maior para gastar este ano, aponta levantamento da Toro Investimentos. E foi diante desses dados que ela criou o Blue Week: um movimento de conscientização e educação financeira. A intenção é seguir na contramão do mercado e, ao invés de incentivar o consumo, alimentar o conhecimento financeiro.

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Para mostrar a vantagem desse “não” ao imediatismo da compra aos bens de consumo, a Toro selecionou, baseada nos itens de maior interesse da população, três produtos mais requisitados – notebook, Smart TV e iPhone – e calculou como a aplicação de seus valores médios renderia em carteira.

Os números são surpreendentes. O valor destinado ao notebook saltaria de R$2.500,00 investidos para R$3.782,00, já a quantia direcionada à Smart TV com 4K de definição renderia de R$3.000,00 a R$4.539,00. Por fim, os R$7.799,00 direcionados para a compra do iPhone X de 256 GB se tornariam R$11.800,00 em carteira de investimento.

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Essa análise partiu das variações entre as ações sugeridas pela corretora no período de dezembro de 2017 a novembro de 2018.

PRODUTO VALOR INVESTIDO VALOR FINAL
Notebook R$ 2.500,00 R$ 3.782,67
Iphone X 256 GB R$ 7.799,00 R$ 11.800,40
Smart TV 4K R$ 3.000,00 R$ 4.539,20

A escolha dos itens também não foi aleatória. Segundo dados analíticos da Google, as categorias mais consumidas na Black Friday 2017 pelos brasileiros foram: smatphones (39%), televisores (26%), eletroportáteis (26%) e informática (25%).

“Aqui no Brasil, a Black Friday chegou somente em 2010, principalmente direcionada ao comércio digital. Foi somente no ano passado que ela se consolidou como um dos momentos mais aguardados do calendário do consumidor, juntamente com datas comemorativas como Natal e Dia das Mães. Mas, às vezes, o nosso imediatismo em querer comprar pode impedir escolhas de consumo mais inteligentes no futuro” declara Gabriel Kallas, um dos sócios da Toro Investimentos.

Não compre, invista 

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Com o cenário, é possível enxergar a necessidade da criação de uma nova mentalidade para os brasileiros, apresentando a importância de gerenciar sua vida financeira com as próprias mãos. Isso é comprovado segundo dados da* B3 (antiga BM&FBovespa): apenas 0,3% da população brasileira investe na bolsa de valores, percentual significativamente abaixo de países como Estados Unidos (63%) e até o Chile (13%), nação de perfil similar ao Brasil e destaque entre as economias emergentes.

Portanto, a opção estimulada pela Toro de não seguir o movimento estimulado pelo varejo durante a Black Friday em um ano, focando em investimentos que possibilitem maior rendimento do seu dinheiro, proporciona a aquisição de bens superior ao planejado inicialmente.

“No mesmo ano em que a Black Friday chegou ao Brasil, lançamos o primeiro curso digital gratuito de investimentos, que educou mais de 1 milhão de alunos. Em paralelo, a indústria como um todo se viu obrigada a caminhar na direção da democratização do acesso à educação financeira pela internet” declara Kallas.

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