Não é aquela que eu tanto sonhei em trabalhar, mas em tempos de crise, fica quase que impossível escolher. Os porteiros nem me atenderam, mas tudo bem, entrei sem ninguém responder o meu “bom dia”, deviam estar muito atarefados para isso.

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Meu líder nem olhou pra mim, mas me jogou em um setor lá e me ordenou que batesse a meta. Tudo bem, acho que ele colocou uma confiança gigante em mim, vou honrar isso. A pessoa que seria a responsável por meu treinamento passou duas semanas inteiras sem falar direito comigo e tampouco me ensinar o serviço, mas aprendi sozinha. Tranquilo, essa deve ser a estratégia da empresa para selecionar as pessoas que mais se destacam após o contrato temporário.

Bati a meta! Mas ninguém me parabenizou e, quando informei que cumpri minhas tarefas, recebi uma lista recheadas de novas tarefas.

“Agora você vai fazer essas atividades, ok?”.

Tudo bem, assim a hora passa mais rápido!

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O pessoal da sala de cima resolveu colocar um som que tocava duas músicas muito chatas durante todo o expediente (isso mesmo, duas músicas), sem nem pedir opinião da minha turma. Mas tudo bem, deviam querer fazer uma surpresa pra gente.

Na entrevista, me foi informado que eles forneceriam o almoço, mas não tinha almoço, haviam alguns pães velhos. Amanhã trago marmita. Tudo bem, gosto um bocado da comida da minha mãe.

Dia trinta chegou, hora de levar os filhos no shopping e tomar um sorvete! Mas com qual dinheiro? O pagamento não caiu, e ficou em atraso por uma semana… Será que o problema é comigo?

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“Infelizmente vamos te dispensar, Marcela.”

Sim, acho que o problema era mesmo comigo. Mas tudo bem, o importante é que não paguei minha vaga naquela empresa ‘nota mil’ saindo com algum dos chefes, como as meninas que foram efetivadas.

E lá se vão uns dois meses atrás dos meus direitos. 

Quem sou eu 

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Sou estudante e moro em Itapevi. Tenho 20 anos e escrevo desde os 11. Acredito que muitos se identificarão com os textos e verão que não estão sozinhos. Amo os animais, assim como amo escrever. E sonho com um melhor mundo para eles.

É muito bom ter você aqui comigo nas “Crônicas da Ju França”. Volte sempre!

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