Início Brasil Deputada pede abertura de processo contra pastor Marco Feliciano

Deputada pede abertura de processo contra pastor Marco Feliciano

1

Iriny Lopes - Valter Campanato ABr SITE
Protestos contra Feliciano continuam em Brasília. Foto: José Cruz/ABr

publicidade

A ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, Iriny Lopes (PT-ES) protocolou hoje na Mesa Diretora da Casa requerimento pedindo a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o atual presidente do colegiado, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

Ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (Seppir), Iriny argumenta que as declarações de Feliciano – de que antes da chegada dele à presidência do colegiado a CDHM era “dominada por Satanás” – ferem o decoro parlamentar.

“É inaceitável que um deputado faça esse tipo de declaração, ferindo a honra e a imagem dos nobres colegas que atuam, com dedicação e firmeza, para a promoção e valorização dos diretos humanos”, diz a deputada no requerimento.

publicidade

Ela acrescenta ainda que Feliciano “faltou com respeito com os colegas parlamentares e também com a imagem da instituição”, o que, segundo ela, justifica a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar.

Na última sexta-feira, 29, depois de ser alvo de protestos no início de um culto para evangélicos na cidade mineira de Passos, Feliciano disse que, antes dele, a comissão era “dominada por Satanás”. Ontem, em sua conta no Twitter, o deputado explicou que não comparou os antigos integrantes da comissão com “Satanás”, mas que o termo significa, em hebraico, “adversário e acusador”.

O requerimento será encaminhado à Corregedoria da Casa para análise da denúncia. Se o órgão, que ainda não foi instituído, entender que houve quebra de decoro, um parecer será encaminhado à mesa que decidirá se remete o pedido de abertura de processo ao Conselho de Ética. A representação por quebra de decoro parlamentar pode resultar desde uma advertência até a cassação do mandato.

publicidade

Até 2012, o segundo-vice-presidente da Câmara acumulava a função de corregedor. No final do mês passado, no entanto, o plenário aprovou projeto de resolução tornando o órgão autônomo em relação aos outros postos da Mesa Diretora.

O Conselho de Ética também não foi instituído devido a uma disputa política entre os deputados Marcos Rogério (PDT-RO) e Ricardo Izar Júnior (PSD-SP). Rogério foi indicado pelo PDT para a presidência do colegiado, fruto de acordo firmado com o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Izar, contudo, lançou candidatura avulsa. (Da Agência Brasil)

publicidade

1 COMENTÁRIO

  1. Concordo com a abertura de um processo contra esse pastor. É inaceitável, a postura deste pastor deputado, de destratar a colega de trabalho que ocupou o cargo de presidência da comissão de direitos humanos. Moramos em um país livre, não estamos em um país, Neo Nazista, ou, Fundamentalista Autoritário. Todos tem o direito de ser respeitado: católicos, evangélicos, heteros, homo afetivos, negros, brancos, índios, homem, mulher, criança. Não é aceitável, que pessoa preconceituosa esteja neste cargo. Que use da religião, para excluir pessoas, só, porque a orientação sexual, é homo afetiva. Ele deve sair do cargo, de presidente da Comissão de Direitos Humanos. FORA FELICIANO!

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Artigo anteriorNovos direitos das domésticas começam a valer amanhã
Próximo artigoBarueri adota Zona Azul no estacionamento central superior