No domingo, 140 milhões de brasileiros e brasileiras têm um compromisso com o futuro. Vamos escolher cinco cargos, nesta ordem: Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador, Senador e Presidente da República. É uma responsabilidade e tanto, mas é, antes de tudo, um direito de cada cidadão. Mesmo que alguns eleitores só enxerguem no voto o aspecto da obrigação – afinal, ele não é facultativo no Brasil – é fundamental considerar que representa o ponto alto do exercício da democracia, uma bandeira pela qual, num passado não muito distante, muito sangue foi derramado.
É preocupante que parte dos eleitores considere política algo ruim
Há 50 anos o Brasil iniciava um período de ditadura militar que duraria 20 anos. Há apenas 25 anos retomamos o caminho do voto direto para a Presidência da República. É assim que funciona o chamado sistema de democracia representativa, onde escolhemos os políticos que devem nos representar, e às nossas ideias, nos poderes Legislativo e Executivo. Em termos históricos, comparando com a maioria dos outros países democráticos do mundo, esse intervalo de tempo é bem pequeno. Estamos ainda engatinhando na descoberta dos benefícios, das pegadinhas, das vantagens e desvantagens desse processo.
De qualquer forma, é fundamental ter consciência de que, nesse sistema, delegamos o poder para políticos decidirem por nós, na maioria das vezes. E é preocupante que, ainda assim, parte dos eleitores considere política algo ruim. Ao contrário, ela está na essência dos processos de desenvolvimento e transformação. Somente a participação efetiva, junto com a busca de informação confiável e a pesquisa do histórico e propostas de cada candidato, asseguram que continuemos desenvolvendo nossa democracia. Consolidando-a cada vez mais como um instrumento efetivo de escolha de mulheres e homens que representam aquilo que almejamos e defendemos para o nosso futuro.
