Início Tech É oficial: Facebook lança sua criptomoeda e golpistas já se aproveitam disso

É oficial: Facebook lança sua criptomoeda e golpistas já se aproveitam disso

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

O Facebook anunciou em julho deste ano o lançamento da Libra, uma nova moeda digital que promete facilitar a vida dos seus usuários. Desde o seu anúncio, a criptomoeda tem sido vista com desconfiança, gerando debates acalorados acerca de sua regulamentação e do impacto que pode causar no mercado financeiro. Agora, uma nova polêmica é inserida na equação: usuários mal-intencionados têm se utilizado das redes sociais comandadas por Mark Zuckerberg para atrair pessoas, com ofertas de vendas antecipadas e tokens do dinheiro virtual. O golpe tem como objetivo roubar os dados bancários e dinheiro das vítimas.

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O caso foi investigado pelo jornal estadunidense The Washington Post, que descobriu ao menos uma dúzia de ocorrências do tipo. O método é sempre o mesmo: a entrada antecipada na Libra é prometida por meio de perfis de usuários, páginas e grupos do Facebook. Todas as páginas contêm links que direcionam os usuários mais desavisados para sites de terceiros, que divulgam a possibilidade – falsa – de se obter descontos e vantagens na aquisição da criptomoeda.

Essa portanto, é mais uma questão que o Facebook precisará resolver até o lançamento de sua moeda digital. Ainda que a Libra traga consigo inúmeras incertezas, é importante ressaltar que as criptomoedas já estabelecidas no mercado continua a se expandir. A Bitcoin, por exemplo, principal moeda virtual do mundo atualmente, segue como um investimento seguro e uma opção viável para a realização de transações diversas. É possível, por exemplo, usar Bitcoin em cassinos online ou para realizar compras em empresas cadastradas – que devem se tornar cada vez mais comuns.

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Em nota oficial, o Facebook declarou estar trabalhando em seus sistemas de detecção de fraudes e spam. Além disso, a empresa também afirmou que as páginas que violam as políticas da rede social são retiradas do ar, o que ocorre por meio das denúncias de usuários ou de algoritmos automatizados. A certeza, no entanto, é que esses algoritmos não parecem ser tão confiáveis quanto a rede social comandada por Mark Zuckerberg – a pessoa mais perigosa do mundo – tenta demonstrar. Não se sabe ao certo quantas pessoas foram vítimas da fraude.

A Libra

A Libra foi anunciada como uma moeda digital global e espera-se que ela possa ser utilizada para suprir as necessidades diárias dos usuários, que poderão realizar transferências por meios dos seus celulares e, em um segundo momento, fazer o pagamento de contas. A criptomoeda será gerenciada pela Rede Libra, um ecossistema financeiro com tecnologia blockchain.

O nome da nova criptomoeda remete à unidade romana de medidas de peso, funcionando ainda como uma referência à palavra francesa “libre”, que significa “livre”. Sua unidade será representada por um caractere formado por três ondas paralelas: ?.

O lado obscuro do Facebook

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Ao entrar no mercado de moedas digitais, Mark Zuckerberg adicionará mais um elemento ao seu império digital, que já conta com três das maiores redes sociais do mundo, o Facebook, WhatsApp e Instagram. Ainda que exista a promessa de que todos os dados dos usuários serão protegidos, é extremamente difícil confiar em algo que parta da empresa que já permitiu que os dados dos seus usuários fossem expostos na internet, coletou informações de seus usuários sem notificá-los, utilizou-os como cobaias e também está no centro de polêmicas em relação à possíveis casos de manipulação de eleições em diversos países.

O resultado disso é a extrema desconfiança em torno da Libra, o que gerou debates acalorados nos Congresso dos Estados Unidos e entre reguladores e políticos europeus, que se questionam sobre como a nova moeda será regulada, temendo as consequências da Libra dentro do mercado financeiro.

“Se produtos e serviços como estes forem indevidamente regulamentados e não tiverem supervisão suficiente, podem representar riscos sistêmicos à estabilidade financeira dos EUA e do mundo”, esclareceu Maxine Water, deputada responsável pelo Comitê de Serviços Financeiros nos Estados Unidos.

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