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Enteada conta detalhes do crime e diz que matou padrasto a facadas em Jandira porque ele tentou abusar dela

“Me arrependo, não tinha direito de tirar a vida dele. Mas se não fosse a vida dele, seria a minha”, declarou a mulher

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Ari foi morto por Letícia com uma facada no pescoço / Fotos: reprodução / Record TV

A enteada que assassinou o padrasto esfaqueado, em Jandira, afirmou, em entrevista, que o matou porque ele tentou abusar dela. “Me arrependo, não tinha direito de tirar a vida dele. Mas se não fosse a vida dele, seria a minha”, declarou Letícia de Santana, de 25 anos, sobre o assassinato de Francisco Ari do Nascimento, 64, ao “Cidade Alerta”, da Record TV.

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Os dois mantinham uma relação próxima. De acordo com Letícia, no dia do crime ela e o padrasto, viúvo da mãe dela, consumiram bebidas alcoólicas na casa dele.De repente, conta, o homem começou a fazer revelações que a assustaram. “Ele falou que sentiu prazer em mim a primeira vez que me viu, eu tinha sete anos. Eu falei: ‘nossa Ari, que nojo, eu tinha 7 anos’. E ele repetiu: ‘mas eu senti desejo’”.

Sobre o consumo de bebidas alcoólicas antes do assassinato, a mulher contou, ao “Cidade Alerta”: “Ele queria que eu tomasse pinga, sendo que eu não tomo. E foi bebendo mais pinga, e eu só tinha consumido cerveja e vinho. A partir do que já tinha acabado [a cachaça], ele começou a se alterar. E o que acontecia? Se eu ia no banheiro, ele ia atrás de mim, falava: ‘onde você vai?’”.

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Até que chegou o momento em que, segundo Letícia, Ari tentou abusar dela, e acabou esfaqueado no pescoço: “Eu sentei na cama dele, não sei qual foi o momento, se cochilei, dormi. Só sei que, quando abri os olhos, ele estava por cima de mim. Eu falei ‘não’ quatro vezes, até que fiquei com raiva, peguei um caco de vidro que estava na janela e tentei cortar ele. Não consegui e ele veio pra cima de mim. Então, veio na minha cabeça: ‘agora vai ser ele ou eu’. Agachei e peguei no pescoço dele, tentei enforcar ele. Eu não conseguindo, ele vindo para cima de mim… a faca estava no chão, a gente se debatendo… peguei a faca e enfiei no pescoço dele”.

Letícia afirma que os dois mantinham uma relação próxima, mas nega que tivesse um relacionamento amoroso com o padrasto, como afirmam parentes do homem, que a acusam de tê-lo matado por ciúme.

“A gente não tinha nenhum tipo de relacionamento, era só enteada e padrasto. Só isso. Nunca aconteceu nada entre a gente”. A mulher diz que o boato tem prejudicado seu casamento: “Está sendo muito difícil para mim. E para o meu marido, com essa calúnia de falarem que a gente tinha um relacionamento, sendo que a gente não tinha”.

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O caso foi registrado no DP de Jandira. A polícia apresentou a confissão de Letícia ao Ministério Público e pediu a prisão temporária, mas o pedido foi negado pela Justiça e Letícia poderá responder o crime em liberdade por ter residência fixa.