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Equipe da TV Record é ameaçada em Santana de Parnaíba

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O Sindicato dos Jornalista de São Paulo divulgou nota hoje em repúdio a ameaças que uma equipe da TV Record sofreu em Santana de Parnaíba. De acordo com a nota, três profissionais gravavam reportagem sobre a existência de um frigorífico clandestino na cidade, quando foram ameaçados por dois homens que teriam ligação com a prefeitura do município.

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Leia abaixo a nota do sindicato.

A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia as ameaças sofridas pela equipe da Rede Record na tarde desta segunda-feira (8) no município de Santana do Parnaíba, na grande São Paulo.

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Os jornalistas, Leandro Stoliar (repórter), Rogério Gomes (cinegrafista) e André Carvalho (assistente) foram ameaçados em um restaurante daquele município quando gravavam reportagem sobre a existência de um frigorífico clandestino existente na cidade. O estabelecimento comercial seria um dos que receptavam a carne “clandestina”.

Quando faziam a gravação para uma série especial da TV, foram hostilizados e ameaçados por dois agressores identificados posteriormente, pela própria produção da TV Record, como Djalma e Gélio Olinto, que supostamente teriam ligações com a Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Ambos possuem passagens pela polícia.

Os agressores simularam estar armados, diziam que o que os jornalistas estavam gravando era “uma porcaria” e que iriam quebrar o equipamento, fato que não se consumou porque o dono do estabelecimento solicitou que não houvesse agressões contra os trabalhadores.

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O Sindicato repudia e condena a atitude dos agressores e considera as ameaças como grave atentado à liberdade de imprensa, passível de detenção. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que congrega os sindicatos brasileiros, tem apontado que as ameaças contra profissionais de imprensa têm ganho dimensões preocupantes.

Em 2014, segundo levantamento da Fenaj, ocorreram 17 casos de agressões físicas, sete casos de agressões verbais, 11 casos de ameaças e/ou intimidações, dois casos de assédio político, dois atentados e um caso explícito de censura interna. Os jornalistas brasileiros também foram impedidos de exercer suas atividades em três ocasiões e foram detidos em outras três. Foram, ainda, vítimas de cerceamento à liberdade de expressão por meio de ações judiciais (12 casos).

De acordo com a direção do SJSP, é inadmissível que os jornalistas sejam ameaçados no exercício da profissão.

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