A cozinheira Léa Silva compartilhou vídeos nos quais diz que os ex-patrões William Bonner e Fátima Bernardes agiam grosseiramente com ela.
Léa diz que fez as gravações por considerar que “soou falso” o choro de Fátima com o depoimento da empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, mãe do menino Miguel, de 5 anos, que morreu ao cair do nono andar de um prédio após ser deixado no elevador pela patroa dela, Sarí Gaspar Corte Real, primeira dama de Tamandaré, em Pernambuco.
“Vendo a Fátima entrevistar a mãe do Miguel, vi ela chorando, fazendo caras e bocas… Fiquei aqui pensando: será que ela lembra que eu, que era cozinheira dela, salvei o filho dela de ser queimado? Acho que ela não lembra. Podia ter deixado o garoto se queimar todo. Pelo contrário, só recebi desaforo do marido dela”, contou Léa.
“Ele se viu ofendido, achou que eu chamei o filho dele de cachorro porque eu pedi pra colocar uma portinhola na cozinha. Então eu, a pessoa que é preta, podia ter deixado o filho da patroa se ferrar, mas não. Eu atravessei na frente da panela pro Vinícius não se queimar”, lembrou a cozinheira.
Sobre Bonner, ela afirmou: “A minha chateação em relação a esse homem (Bonner) é pelo jeito que ele fala com o empregado”.
“O cara chegou ao ponto de dizer que não conseguia entender como os amigos dele iam pra casa dele e iam na cozinha falar comigo. Como assim? Tá com ciúmes dos amigos dele virem falar comigo? Amigo que vem a ser esse Schroder (Carlos Henrique Schroder, na época, diretor geral da Globo). O homem se despencava da sala, vinha pra cozinha falar comigo, a mulher dele também. O cara tinha ciúmes até dos amigos. Ele dizia: ‘porque eu não consigo entender o que você faz que meus amigos vão pra cozinha falar com você’. Eu era fã deles, tinha uma verdadeira adoração por eles e meu chão caiu no mundo”, contou Léa.
Em uma ocasião, ao repreendê-la, Bonner teria declarado: “‘Eu não quero que você jamais fale para as pessoas que você trabalha pra mim. Não ouse falar que trabalha pra mim. Se eu te mandar embora aqui agora tem um monte aí na frente querendo trabalhar’”.
A ex-cozinheira disse que no episódio, o apresentador do “Jornal Nacional” a ‘esculhambou’: “Me esculhambando mesmo, me colocando bem pra baixo. O homem virou uma fera. Só faltou dar na minha cara dentro da casa”.
Léa Silva hoje é dona de um restaurante na comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio.
