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Fantasia de “Negão do WhatsApp” em festa de fim de ano rende demissões em multinacional

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Da Revista Fórum, com informações da Folha de S. Paulo

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A área de recursos humanos da multinacional Salesforce resolveu fazer um concurso à fantasia na confraternização anual, com premiação em dinheiro aos três melhores paramentados.

O primeiro colocado levaria R$ 3.000. A votação ficaria a cargo dos cerca de 250 participantes da festa.

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A festinha da multinacional, no entanto, que produz softwares para empresas como Embraer, iFood e SulAmérica, extrapolou e a coisa pegou mal na matriz. A brincadeira acabou com demissões.

Um dos funcionários, que atua na área de vendas, quis fantasiar-se como um meme popular que circula no aplicativo WhatsApp, chamado de “Negão do WhatsApp”. Vestiu camisa azul, colocou uma toalha no ombro, chapéu rosa e improvisou uma prótese para imitar o pênis do personagem.

Ficou em quarto lugar no concurso de fantasias e foi parar no centro de uma foto, ao lado do diretor comercial e de outras dez pessoas, todas se divertindo.

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Na matriz, em San Francisco (Costa Oeste dos EUA), aonde a imagem com o fantasiado chegou, deflagrou uma crise.

As versões sobre o impacto da imagem divergem. Uma delas, que circula na internet, diz que a direção da companhia teria pedido a demissão do funcionário, mas o diretor comercial tentou mantê-lo no cargo, argumentando que no Brasil as pessoas são mais liberais.

A sede, então, teria decidido demitir também o diretor comercial. Teria sido a vez de o presidente da multinacional no Brasil interferir, alegando que a punição era exagerada, pois aquilo não passara de brincadeira.

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A matriz acabou demitindo o funcionário, o diretor e o presidente. Outros dois funcionários, fantasiados como personagens principais do filme “As Branquelas” —em que dois policiais negros se travestem de patricinhas brancas—, foram suspensos pela empresa até segunda análise.

A Folha apurou que pessoas próximas ao caso consideraram a punição exagerada e contraditória com o discurso da empresa de ser aberta à diversidade.

Procurada, a Salesforce confirmou os desligamentos dos funcionários e disse que, por protocolo interno, não comentaria a saída de profissionais.

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