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“Governabilidade não se faz acertando um pedaço da Petrobras para o cara roubar”, diz Ciro Gomes em Osasco

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Ciro Gomes fez duras críticas a Lula, Dilma e ao PMDB / Foto: reprodução

Leandro Conceição

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O pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, esteve em Osasco na noite de quarta-feira, 8, para proferir palestra a militantes e pré-candidatos a vereador de seu partido. Antes do evento, Ciro concedeu entrevista coletiva na qual analisou o atual cenário e perspectivas da política brasileira e teceu elogios ao anfitrião, o prefeito de Osasco, Jorge Lapas, que se filiou ao PDT em março: “A presença do Jorge no nosso partido foi uma das coisas mais importantes que aconteceu”.

Segundo pesquisa CNT/MDA divulgada na quarta-feira, 8, Ciro é o quarto colocado nas intenções de voto à presidência em 2018, com 6%. “Esta eleição deve ser semelhante à de 1989, com hiper fragmentação, as grandes organizações com dificuldades, meio desmoralizadas, e com a construção, pela base, de caminhos alternativos”.

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Ele minimizou o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estar na liderança no levantamento, com 22% das intenções de voto, mesmo com a crise política, com a presidente petista Dilma Rousseff afastada em meio a um processo de impeachment. “Eu não comemoraria, não, porque ele saiu da presidência com 84% de aprovação e está ali na faixa dos 22%, um massacre”.

Ciro Gomes fez duras críticas a Lula, Dilma e ao PMDB / Foto: reprodução
“Atribuo a ele [Lula] a responsabilidade por esse desastre que está se abatendo sobre o país, na proporção em que botou o PMDB quadrilha na linha de sucessão da República”, disparou Ciro Gomes / Foto: reprodução

Ciro Gomes também fez duras críticas a Lula e ao PMDB, do presidente interino Michel Temer: “Atribuo a ele [Lula] a responsabilidade por esse desastre que está se abatendo sobre o país, na proporção em que botou o PMDB quadrilha na linha de sucessão da República”, disparou. “Lula bota a Dilma, inexperiente, com Michel Temer e [o presidente afstado da Câmara] Eduardo Cunha (RJ) na linha de sucessão. Se pagará um preço muito amargo por esse passo”.

Sobre garantir a governabilidade em meio às duras críticas que faz a grandes partidos e lideranças políticas, Ciro Gomes diz apostar em “um misto de força na rua, com mediações com os governadores”. “Não com burocracias partidárias em Brasília, se acertando escondido um pedaço da Petrobras para o cara roubar, um pedaço de Furnas para o cara roubar…”.

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Ciro Gomes avaliou ainda que se houvesse “o mínimo de espírito publico, PT e PSDB teriam que ter se entendido”. Assim, disparou, “a uma hora dessa, essa quadrilha aí de PMDB e não sei o quê estaria tudo na lata do lixo da história”.

“Dificuldade monstruosa”
O pedetista voltou a definir como “golpe” o processo de impeachment de Dilma, que acontece, analisa, “pelo conjunto de desmantelos que o governo tem, a distância do que ela prometeu e o que entregou; as contradições insolúveis; essa novelização do escândalo, que pesou gravemente na opinião pública; mas gravemente o erro está na condução da economia”.

“Há uma pressão inflacionária e o que eles fazem? Atiram com taxa de juros, a mais exorbitante do mundo. [Assim] se leva o país à estagnação econômica num quadro de inflação, a estagflação, pior cenário de todos. Esse quadro desestabilizou a Dilma e permitiu que as forças do golpe se organizassem”, analisou o pedetista. “A economia brasileira está passando por uma dificuldade monstruosa. É um momento histórico de ruptura”.

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“Vamos nos livrar da política do conchavo”

Em um eventual governo, o pedetista disse que pretende acabar com a “política do conchavo”. “Vamos nos livrar disso. Fazer conchavo com bandido e ser testa de ferro, sendo honesto, para fazer o serviço alheio, é errado”.

Na contramão da política de parcerias com os governadores defendida por Ciro, “Dilma deixou o Rio Grande do Sul quebrar, deixou o Rio de Janeiro quebrar, deixou Minas Gerais quebrar e mais 14 estados brasileiros quebrarem, não tem quem aguente. Não conhece a história? Não tem vivência, percepção no projeto? Não conhece o teu país? Vai pagar”, criticou.

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Leia abaixo os principais trechos da entrevista coletiva de Ciro Gomes em Osasco:

Eleições 2018
“Esta eleição deve ser muito semelhante à de 1989, hiper fragmentação, as grandes organizações com dificuldades, meio desmoralizadas, e com a construção pela base de alguns caminhos alternativos”.

Lula à frente em pesquisa
“Eu não comemoraria, não, porque ele saiu da presidência da República com 84% de aprovação. Está ali na faixa dos 22%, foi um massacre mesmo”.

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Relação com Lula
“Hoje em dia tem uma certa distância [com Lula], porque eu me aborreci muito, de um tempo pra cá, com a forma com a qual Lula conduziu as coisas do país. Atribuo a ele a responsabilidade por esse desastre que está se abatendo sobre o país na proporção em que botou o PMDB quadrilha na linha de sucessão da República.

Isso ele não tinha feito nem consigo mesmo. O vice dele foi um grande brasileiro, o José Alencar. O Fernando Henrique, de quem tenho muitas críticas programáticas, não fez uma irresponsabilidade dessas, trouxe o Marco Maciel, um cara muito conservador, mas absolutamente decente.

E o Lula bota a Dilma, inexperiente, com Michel Temer e Eduardo Cunha na linha de sucessão do país. Isso, no futuro se pagará um preço muito amargo por esse passo”.

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“Golpe”
“O que há no Brasil hoje é uma ameaça concreta. O golpe que está em marcha tem três motivações. Não é um golpe a favor do Michel Temer, ele que não alimente nenhuma ilusão disso.

É um golpe contra a Dilma, pelo conjunto de desmantelos que o governo tem, a distância do que ela prometeu e o que ela entregou, as contradições insolúveis; essa novelização do escândalo, apesar de ela ser uma pessoa séria, não há contra ela absolutamente nada, mas o conjunto novelizado do escândalo pesou gravemente na opinião pública; mas gravemente o erro está na condução da economia. A economia brasileira está passando por uma dificuldade monstruosa. Penso que é um momento histórico de ruptura”.

Crise econômica
“O Brasil vem se desindustrializando. São Paulo é o epicentro dessa crise que estou falando. E temos um desequilíbrio nas nossas contas com o estrangeiro, em produtos industrializados, que já passa de US$ 100 bilhões. Como a gente vinha escapando da conta amarga disso? Com um ciclo artificial, pelo crescimento da China etc., de preços de commodities, lá em cima.

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Trabalho na CSN: nós vendíamos uma tonelada de minério de ferro há dois anos atrás por US$ 190, [agora] estamos vendendo a US$ 50. O Brasil, quando ajudamos a fazer a lei de partilha, eu era deputado federal, o petróleo estava a US$ 110 o barril. [Agora] chegamos a vender a US$ 30. Desfinanciou-se o que estava mascarando a crise estrutural brasileira.

Então, há esse grande problema externo. Internamente, a consequência disso é uma pressão de desvalorização da nossa moeda frente ao dólar. Todos os preços práticos da vida do nosso povo são sensíveis a dólar. O povo não compra dólar, mas come pão. Pão é trigo, a gente não produz trigo, tem que comprar trigo em dólar… e lá se vai o preço do pão em dólar, portanto em real, subir. 80% dos nossos remédios, dólar. Passagem de ônibus, diesel, petróleo, dólar.

Então, há uma pressão inflacionária e o que eles fazem… atiram com taxa de juros, a mais exorbitante do mundo. E se leva o país à estagnação econômica num quadro de inflação, a estagflação, o pior cenário de todos. Esse ano, concretamente, pouco importante a conversa mole das elites, alisando o Michel Temer para ver se muda as coisas, mas não tem conversa: vamos para 14% de desemprego, 15 milhões de brasileiros desempregados, um quarto dos jovens de 18 a 25 anos desempregados.

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E aí, vai desdobrando, o desfinanciamento do setor público, nas questões gerais, a tabela do SUS, por exemplo, o prefeito está todo dia pressionado para aumentar a atenção básica, judicializa-se a obrigação do estado e tal, e o per capita em saúde, não se atualiza o valor desde 2003. Na questão do investimento, você tem hoje o Brasil com a menor taxa de investimento da história desde a Segunda Guerra Mundial.

"Vamos acabar com isso. Fazer conchavo com bandido e ser testa de ferro, sendo honesto, para fazer o serviço alheio, é errado", declarou pedetista
“Vamos acabar com isso. Fazer conchavo com bandido e ser testa de ferro, sendo honesto, para fazer o serviço alheio, é errado”, declarou pedetista

Esse quadro desestabilizou a Dilma e permitiu que as forças do golpe se organizassem com três interesses. O primeiro, a Lava Jato, a turma está doida para botar um fim nesse assunto porque o negócio vai acabar pegando todo mundo e tal… eles acham que tem que botar um final nisso, há as gravações e o diabo.

O segundo bloco é o poder real no Brasil, que hoje está localizado no setor financeiro, dado que a indústria perdeu força, a agricultura ainda não se organizou politicamente, sendo um setor emergente que deveria ter um protagonismo maior, mas quem manda mesmo hoje é o setor financeiro. E os bancos querem dominar o centro econômico, com [Henrique] Meirelles (ministro da Fazenda e o [presidente do Banco Central, Ilan] Goldfajn, quer controlar as finanças públicas, o orçamento, para gerar, a qualquer preço, um excedente, para fazer o serviço da divida.

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A segunda é internacional, você tem o pré-sal. Na hora em que nós constatamos o pré-sal, os Estados Unidos recriaram a quarta frota, e basearam no Atlântico Sul. A nossa grande imprensa não conta a história para o povo, não consta que os americanos têm um território no Cone Sul, no Atlântico Sul.

E o [atual ministro das Relações Exteriores, José] Serra (PSDB) já apresentou um projeto de quebrar a lei de partilha e entregar para os estrangeiros essa riqueza inominável que pode salvar o Brasil, mudar radicalmente as coisas, além de adensar nossa maturidade tecnológica, porque não é só a riqueza específica do petróleo, é toda a cadeia produtiva do petróleo e gás, de petroquímica, essa cadeira que você está sentado, plástico, tudo isso é petroquímica.

Então, você tem um universo onde o Brasil pode ter protagonismo global… e nós também fizemos a lei do conteúdo nacional, eles estão querendo revogar, o presidente da Petrobras já deu declarações [neste sentido] e infelizmente a gente fica distraindo o povo com a novela do escândalo. Enquanto isso, os interesses reais estão sendo praticados.

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O Brasil tem um alinhamento no Ocidente com os americanos. Não estou falando de briga com eles, mas nós partimos, a partir de um certo momento, de superar nossas desavenças na América Latina, eu ajudei a fazer o Mercosul, que não é irrelevante, hoje é o terceiro maior mercado no mundo. A Venezuela, não tenho nada a ver com as bobagens do regime venezuelano, mas quando a gente olha os interesses do Brasil, nós temos um superavit a nosso favor de US$ 5 bilhões por ano, que estão hostilizando.

Hoje estamos sem embaixador na Venezuela porque o Serra tomou posse e, cumprindo o serviço sujo dos americanos, já hostilizou a Venezuela. Eles que cuidem da vida deles na Venezuela, mas se olhar o interesse do Brasil, temos US$ 5 bilhões, milhares de brasileiros tiram sua sobrevivência, seus salários, seus empregos, dessa relação comercial vantajosa para o Brasil que nós temos. A Unasul já tem um banco, o prefeito de Fortaleza está tomando dinheiro emprestado para fazer obra na cidade, de urbanização, moradia. É uma entidade financeira fora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, BID, que os americanos controlam, e os BRICS, que também estão na iminência de criar um banco que nasce maior do que o Banco Mundial, e livre das interdições dos americanos. São coisas reais, que nós estamos sofrendo hoje no Brasil”.

Possível reflexo das eleições municipais na disputa à presidência
“Nunca foi assim, em 1989, eu era prefeito der Fortaleza (CE) e os partidos que tinham força eram o PMDB e o PFL. Passaram longe do segundo turno da eleição. Vieram para o segundo turno o Collor, partido que não tinha nenhum prefeito, e o Lula, que tinha 12 deputados. Depois, as grandes corporações partidárias viraram PT e PSDB e agora querem de novo replicar essa história que tem que ter prefeito. Mas a luta de presidência da República não é uma luta de território, mas de posicionamento.

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Grande imprensa
“Com todo respeito à importância vital que a imprensa tem para a democracia. A grande imprensa brasileira tem que fazer um esforço para estar à altura da necessidade que nós temos de uma imprensa que qualifique a nossa democracia, tão verdinha, tão frágil.

O japonês [agente da Polícia Federal Newton Ishii, preso esta semana] está condenado faz é tempo. Inventam essas mistificações, nosso povo vive atrás de um herói, mas eles produzem uns falsos heróis para desmontar só para esmagar na cabeça do povo, para passar a tese de que é tudo igual. Isto é a maior tragédia que está acontecendo hoje no Brasil.

Velho no ramo, como eu sou, tenho 58 anos e 36 de militância política, já vi isso aí tudinho. Em 1998, fui candidato a presidente da República. Achava um absurdo o que o Fernando Henrique estava fazendo com o Brasil, traindo o plano real que eu ajudei a fazer, como ministro da Fazenda do Itamar Franco, e [estava] chocado com o que o PT, do meu amigo Lula, numa desorganização, não entendo nada do que estava acontecendo, com uma interpretação muito comovente na solidariedade com os pobres e um moralismo que me assustava.

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Então, quando aconteceu em 1998, só para você ver como a novela no Brasil é desagradavelmente velha, mas faz-se um esforço de lavagem cerebral para o povo pensar que agora a bola da vez é destruir o PT. Então, repare bem… 1998, Fernando Henrique se elegeu dizendo um monte de mentira. Eu dizia, o real vai desvalorizar, a inflação vai aparecer, o desemprego vai aparecer, não é possível enfrentar isso com taxa de juros.

Não deu outra. E não é porque sou profeta, não, é porque é óbvio. Ajudei a fazer o real, eu sabia, como sabia o que iria acontecer com a Dilma. É a mesma coisa, Fernando Henrique se elege, em cima de um monte de mentiras, toma posse em janeiro, desvaloriza o real, como aconteceu agora, isso transmite para a inflação imediatamente, porque o Brasil é muito dependente de coisas importadas, pagas em dólar, aí atira com taxas de juros, a inflação vai lá pra cima, taxa de juros lá pra cima, recessão, desemprego, o PT cria o movimento Fora FHC e o Lula vai com pedido de impeachment do Fernando Henrique entregar para o Michel Temer, parece piada.

Eu dizia: ‘Lula, não faça isso. Remédio para governo ruim, que a gente não gosta, não é impeachment… impeachment, na hora que um de nós for para o poder, a direita brasileira, conectada com o mundo estrangeiro, tal, vai usar claramente isso contra nós. Não sou profeta, sou vivido. Estamos vendo o mesmo filme”.

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Política de “conchavos” e governabilidade
No Brasil, vamos nos livrar disso. Fazer conchavo com bandido e ser testa de ferro, sendo honesto, para fazer o serviço alheio, é errado. O presidencialismo brasileiro é uma institucionalidade de impasse. Você tem a responsabilidade pela saúde dos negócios públicos, saúde, educação, segurança, as estradas sem buraco, é do Executivo. E o monopólio do desenho institucional é do Legislativo. Isso é uma coisa não pode dar certo.

No parlamentarismo é uma coisa colada na outra. Fez m… na institucionalidade, paga o preço nos negócios. Aqui, não. Vi o Congresso revogar a CPMF, subtraindo da receita R$ 70 bilhões e 12 dias úteis depois votar a regulamentação da Emenda 29, que aumentou em R$ 70 bilhões o gasto com saúde. R$140 bilhões, nem o orçamento americano aguenta. Eles não pagaram o pato e quem está pagando o pato é o Executivo, que é avaliado na precariedade do serviço. É assim que não funciona.

Dado que o povo quer que seja assim, por um plebiscito, [no qual] lutei muito pelo parlamentarismo, temos que achar uma forma. A fórmula é um misto de experiência, por isso que a Marina [Silva, do Rede] tem que tomar muito cuidado. Eu, por exemplo, não teria coragem de ser presidente da República deixando o povo acreditar que chegando lá, basta trocar Chico por ‘Manel’, no dia que eu chegar lá acabou a corrupção. Isso é uma mentira. A corrupção é endêmica, está entranhada na vida humana. O Helmut Kohl, o maior estadista do pós-guerra na Alemanha, unificou a Alemanha Oriental, contra a opinião dos colegas dele, está no ostracismo com um escândalo de financiamento de campanha. É um desastre.

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O que a gente tem que garantir no Brasil é o fim da impunidade, mas não acenar para o povo, com essa moral pentecostal, neopentecostal, de que vai chegar um anjo vingador, estalar o chicote e botar as coisas em ordem. Primeiro isso, moderar a promessa, experiência. Fui prefeito, fui governador, ministro, manejei vereador, prefeito, deputado, senador, não custa nada negociar, se entender, conversar, poderar, você não vai pra lá [à presidência] ser dono da pátria, você vai ser um chefe de Estado, um mediador, contemporizar, negociar, prestigiar, está tudo certo, desde que tenha um limite.

Na questão da experiência, a regra no Brasil é o golpe, só três presidentes da República terminaram mandato na história pós-guerra no Brasil: Juscelino Kubitcheck, Fernando Henrique e Lula. A regra não é a normalidade, a regra é o conflito, você chega lá sabendo disso. Como esses três escaparam? É um misto de força na rua, com mediações com os governadores, não com burocracias partidárias em Brasília se acertando escondido, um pedaço da Petrobras para o cara roubar, um pedaço de Furnas para o cara roubar… Isso é a ciência de não dar certo, arrebenta você na rua.

Esses três que escaparam nunca perderam a rua. Juscelino sofreu um golpe, Fernando Henrique teve pedido de impeachment, Lula teve o mensalão, mas estava com a rua. Dilma perdeu a rua, porque mentiu, falou uma coisa e foi fazer outra.

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Outra [questão] é a mediação de governadores. Juscelino fez, era do PSD, que vivia numa guerra que nem PT e PSDB, tinha governador José Sarney, da UDN do Maranhão apoiando, governador Virgílio Tavora, do Ceará, acertou-se com Juscelino, governador Antônio Carlos Magalhães, da Bahia, udenista fanático, apoiava o Juscelino. Se a gente tivesse o mínimo de espírito público, PT e PSDB teriam que ter se entendido e a uma hora dessa essa quadrilha aí de PMDB e não sei o quê estava tudo na lata do lixo da história. Mas não, só eles é que ficam centralmente no poder, os outros saem, brigam, e o que há de melhor na política no Brasil não se entendendo, se apodreceram e nós estamos agora obrigados a reconstruir tudo de novo.

Que que a dona Dilma fez? Deixou o Rio Grande do Sul quebrar, deixou o Rio de Janeiro quebrar, deixou Minas Gerais quebrar, e mais 14 estados brasileiros quebrar, não tem quem aguente. Não conhece a história? Não tem vivência, percepção no projeto, não conhece o teu país? Vai pagar. Dá uma chancezinha para mim, para você ver…”.

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