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Greve dos bancários completa 30 dias e já é a maior desde 2004

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Greve dos bancários completa 18 dias e chega à matriz do Bradesco em Osasco
Segundo o sindicato, até o momento 57% dos locais de trabalho aderiram à paralisação da categoria / Foto: Bryan Martins Procon orienta consumidores sobre greve nos bancos Foto: Brayan Martins/ PMPA

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A greve dos bancários dos completa trinta dias nesta quarta-feira, 5. A última reunião entre Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários aconteceu no dia 28/09, com a proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3.500, com aumento real de 0,5% para 2017, o que representa perda real de 1,9% no período de dois anos. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.

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Um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostra que 791 locais de trabalho, sendo 21 centros administrativos e 770 agências fecharam nesta terça-feira, 4, vigésimo nono dia de greve dos bancários, na base do Sindicato (São Paulo, Osasco e Região). Estima-se que mais de 42 mil trabalhadores participaram das paralisações.

A data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 9 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações. No dia 30/08 os bancos apresentaram proposta com reajuste de 6,5% com R$3.000 de abono para os trabalhadores.

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A categoria, após assembleias realizadas em todo o país no dia 01/09, rejeitou proposta e greve teve início no dia 06/09. A segunda proposta aconteceu no dia 09/09, com reajuste de 7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$3.300, rejeitada na mesa de negociação. Outras duas reuniões: 13 e 15/09 não houve mudança na proposta. No dia 27/09 houve proposta da Fenaban para novo modelo de acordo para a categoria, com validade para dois anos. No dia 28/09 nova proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3.500, com aumento real de 0,5% para 2017, o que representa perda real de 1,9%.

Dados da Categoria

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Representa trabalhadores dos bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

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Nos últimos doze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.

Principais reivindicações Campanha Nacional Unificada 2016:

Reajuste Salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%
• PLR – três salários mais R$ 8.317,90
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24)
•Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 880)
• 14º salário;
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários;
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Melhores condições de trabalho nas agências digitais
• Mais segurança nas agências bancárias
• Auxílio-educação

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