Início Brasil Imoral e engorda

Imoral e engorda

0

 

publicidade

Da Rede Brasil Atual

Thaina Pereira de Souza, enfim, veste calças jeans no tamanho adequado para sua idade. E quem a vê não acredita que até pouco tempo atrás só usava peças de malha, com numeração para adolescentes. Antes de mudar de roupa, a menina mudou de hábitos. Passou a aceitar carnes grelhadas, salada, legumes, arroz e feijão no lugar das frituras e massas em excesso. E um prato basta, não precisar repetir. “Não foi fácil convencê-la de que para emagrecer não poderia mais comer como antes”, conta a mãe, a dona de casa Manuela Pereira Sales. Com outros casos de obesidade na família e parentes diabéticos, Manuela diz que tudo começou há dois anos, quando a filha entrou na pré-escola em Itaquera, bairro da zona leste de São Paulo.

publicidade

“Na creche já tinham me alertado sobre o excesso de peso, mas a ficha só caiu quando me chamaram novamente a atenção, dois anos atrás”, lembra. A mãe acreditava que a criança emagreceria naturalmente à medida que crescesse. Quando os exames da filha mostraram colesterol alto, porém, Manuela passou a seguir à risca as orientações da pediatra. Cortou biscoitos recheados, massas em geral e as frituras feitas diariamente. A pizza semanal virou mensal. Biscoito, só de água e sal. O pequeno Felipe, de 1 ano e 1 mês, já compartilha o novo cardápio da família. “Não quero que ele repita a história da irmã”, diz Manuela.

Thaina está entre os milhões de crianças no mundo que despertam a preocupação das autoridades sanitárias com a obesidade. No Brasil, 30% das que têm entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado. O dado é da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada entre 2008 e 2009 pelo IBGE. Entre os que têm de 10 a 19 anos, o sobrepeso saltou de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009. Diante dos números, o poder público tenta combatê-los com políticas e programas preventivos, como o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) para o período 2011-2022, no qual estão inseridas a obesidade e suas consequências.

Clique aqui para ler esta reportagem na íntegra.

publicidade