Crise// Partido vive debandada e tem dificuldade para definir pré-candidato à prefeitura
A crise no PT, que teve o ápice no afastamento da presidente Dilma Rousseff com a abertura de processo de impeachment contra ela, reflete na situação de indefinição do diretório municipal do partido em Osasco. Após vencer três eleições seguidas na cidade, a legenda sofre com uma debandada e com a indefinição de quem será seu pré-candidato a prefeito.
Após a saída do prefeito Jorge Lapas rumo ao PDT, acompanhado de secretários municipais, membros do segundo escalão e pré-candidatos a vereador, rumo às fileiras pedetistas ou a outras legendas, o partido decidiu que terá candidato próprio à prefeitura. Sem, no entanto, deixar a base aliada de Lapas.
O primeiro nome apontado foi o do ex-prefeito Emidio de Souza, que resistiu à pressão para concorrer. Agora, lideranças do partido dão como certa a candidatura do deputado federal Valmir Prascidelli, que ainda não se manifestou publicamente sobre o tema. No entanto, o coordenador de Relações Internacionais da prefeitura de Osasco, Luciano Lub, surpreendeu ao anunciar, na sexta-feira, 20, a pretensão de ser o candidato e tem batido o pé para concorrer.
Vai, não vai
No mesmo dia, em convite feito em cima da hora, o vereador Valdir Roque, líder da bancada petista na Câmara Municipal, afirmou que o partido anunciaria o pré-candidato em coletiva de imprensa na segunda, 23. Um dia antes, porém, a coletiva foi cancelada porque, segundo o parlamentar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria decidido participar das decisões sobre o rumo do PT em Osasco.
Na terça, 24, em conversa com jornalistas da região, a vereadora Mazé Favarão disse que o partido teria batido o martelo em torno do nome de Prascidelli em reunião na segunda-feira. Mas Lub garante que ainda busca ser o candidato. “Por que não surpreendermos a cidade lançando novos nomes à disputa eleitoral?”, questionou ele em carta aberta.
Amigos e adversários
Se Luciano Lub tiver sucesso em suas articulações, curiosamente ele pode se tornar pré-candidato a prefeito pelo PT mesmo fazendo parte, como coordenador de Relações Internacionais, do governo do prefeito Jorge Lapas, que tentará a reeleição.