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João Paulo diz que continuará na política após cumprir pena

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Petista agradece apoio da militância que encheu o Clube Floresta em evento nesta quinta-feira, 16 / Foto: Eduardo Metroviche
Petista agradece apoio da militância que encheu o Clube Floresta em evento nesta quinta-feira, 16 / Foto: Eduardo Metroviche

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Leandro Conceição

Em ato político realizado na noite desta quinta-feira, 16, em Osasco, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado na Ação Penal 470, o mensalão, e com prisão determinada, voltou a se dizer inocente e afirmou que continuará na política após cumprir pena.

“Joaquim Barbosa é cruel”, diz deputado

“Estou preparado para me apresentar, vou me apresentar de cabeça erguida, cumprir minha pena. Vai terminar minha pena, vou sair, voltar para a Vila São José (onde mora), pegar o meu carrinho e, pode esperar, quem for meu amigo eu vou parar, tomar um café. Quem pensa que eu vou parar [de fazer política] pode esquecer”, discursou. “Quero continuar onde sempre estive, fazendo o que acredito, que é lutar pelo povo brasileiro”.

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João Paulo declarou ainda que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, “é cruel”, por ter determinado a prisão dele no dia 6 de janeiro, às vésperas de sair de férias, mas sem expedir mandado, criando com isso uma indefinição. O deputado deve ser preso após Barbosa voltar de férias, no início de fevereiro, e assinar o mandado de prisão.

“Minha mãe, segunda-feira (6), queimou uns três macinhos de velas na casinha dela achando que eu já estava preso. O joelho dela de segunda para terça ficou inchado de tanto rezar, achando que eu já estava preso”, lembrou. “Ele [Joaquim Barbosa] acha que não tenho mãe, que não tenho mulher, filho, família, amigos, companheiros. Ele deve achar que eu sou um bandoleiro andando pelo Brasil… não sei o que ele acha”.

Petista pede que militantes lhe escrevam cartas

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À plateia de cerca de 300 militantes emocionados, João Paulo pediu que enviem cartas a ele na prisão: “Queria que as pessoas mandassem uma carta pra mim. Escrevessem de punho. À medida que você troca as informações, as experiências, o que cada um está sentindo, você vai ficando mais forte”, avaliou.

“O principal bem que a gente tem é a liberdade. Não é fácil para um homem ser preso, principalmente quando ele é inocente”, disse João Paulo.
No evento, foram distribuídos exemplares da revista A Verdade – Nada Mais que a Verdade Sobre a Ação Penal 470, feita pelo mandato do parlamentar, que traz cópias de documentos que comprovariam a inocência de João Paulo. “Nunca fiz coisa errada, e, derrepente, cai um negócio desses sobre mim… Deve ser algo para me fazer melhor. É com essa crença que vou enfrentar esse período”.

Deputado ainda não declarou se vai renunciar

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Prestes a começar a cumprir pena de 6 anos e 4 meses pelos crimes de corrupção e peculato, João Paulo ainda não declarou se renunciará ao mandato de deputado federal ou enfrentará o processo de cassação na Câmara dos Deputados.
Antes da determinação do início da pena pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, João Paulo vinha garantindo que não renunciaria.

O deputado inicialmente foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão, mas ele obteve o direito de apresentar um recurso, conhecido como embargo infringente, da condenação de 3 anos por lavagem de dinheiro. O recurso ainda será analisado pelo STF.
João Paulo se diz inocente de todas as condenações. “Nós vamos, com o tempo, desmistificar ponto por ponto [o processo]”, disse. “O mensalão é um instrumento de disputa política”.

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