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João Paulo volta a Osasco e lança livro

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Ex-deputado reúne material para outros livros, um com resenhas de obras e outro possivelmente sobre o “mensalão” Foto: Valdemi Silva
Ex-deputado reúne material para outros livros, um com resenhas de obras e outro possivelmente sobre o “mensalão” Foto: Valdemi Silva

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Fernando Augusto

De volta a Osasco, onde lançou nesta quinta-feira o livro de poesias Quatro & outras lembranças (editora Top Books), o ex-deputado João Paulo Cunha falou nesta semana a respeito da obra e também sobre política e o período em que ficou preso. João Paulo foi condenado por peculato e corrupção passiva na Ação Penal que ficou conhecida como “mensalão” e, atualmente, cumpre pena em regime domiciliar.

Ex-deputado mostra distanciamento de ex-aliados

Questionado sobre as próximas eleições municipais, disse que pretende acompanhar a disputa de perto. “Ainda não sei direito quem vai ser o candidato do PT aqui em Osasco. Definido isso, dentro do que tiver a meu alcance, vou acompanhar de perto”, afirmou. Sobre o prefeito Jorge Lapas (PT), João Paulo disse não ter conversado nos últimos meses, assim como com o ex-prefeito Emidio de Souza, atual presidente estadual do PT.

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“Nesses quase 15 meses que estou lá [em Brasília] o Jorge Lapas nunca me telefonou ou foi me visitar, então não sei direito o que ele está pensando sobre a cidade para os próximos anos”, disse. Ao mesmo tempo, contou ter recebido a visita do ex-prefeito Franscisco Rossi e uma ligação do deputado estadual e tradicional adversário político Celso Giglio, do PSDB. “O Rossi foi me visitar, tomou um café comigo em Brasília. Pegou a Bíblia e fez uma oração pra mim”.

Poema gera curiosidade e polêmica

Sobre o livro Quatro & outras lembranças, João Paulo disse que as poesias são um retrato do momento que viveu no regime fechado e negou que um dos textos seja um recado para uma pessoa específica. O texto que gerou curiosidade entre os leitores diz: “Ofereci meus ombros, como escada ele subiu (…) Na hora da porrada a cara era minha, fui seu irmão seu amigo e companheiro (…) um dia encontrou comigo. Me deu um beijo. Virou as costas e partiu. Lembrei de Jesus e as 30 moedas”.
Segundo João Paulo, a intenção no livro não é mandar recados. “Não fiz pensando em alguém, mas expressando sentimentos”, disse.

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Planos
Além de concluir o último ano da faculdade de Direito, João Paulo Cunha já reúne material para outros livros. A intenção é lançar as resenhas que escreveu na prisão. “Li em torno de 60 livros e fiz resenhas publicadas no meu site e que podem ser objeto de outro livro”. Outra obra pode ser especificamente sobre o processo do “mensalão”. Ele também trabalha em um escritório de Direito e a pena deve ser totalmente extinta no final desse ano.
Sobre o momento político nacional, João Paulo, que chegou a ser presidente da Câmara dos Deputados (2003-2005), disse que o governo Dilma Rousseff cometeu erros na condução política, mas “não está ferido de morte”.
Para ele, acertar a relação política é o principal desafio do governo.

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