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Marcha regional do MST reivindica reforma agrária

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Sem-terra fizeram atos na Prefeitura de Jandira e na construtora Odebrecht, em São Paulo / Foto: Página MST

Sem-terra fizeram atos na Prefeitura de Jandira e na construtora Odebrecht, em São Paulo / Foto: Página MST
Sem-terra fizeram atos na Prefeitura de Jandira e na construtora Odebrecht, em São Paulo / Foto: Página MST

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Carol Nogueira

Termina nesta sexta, 9, a Marcha Estadual Luiz Beltrame, realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Cerca de mil sem terra do interior do estado de São Paulo e região metropolitana marcharam de Itapevi à capital paulista. Foram cerca de 45 km para cobrar a reforma agrária. A caminhada faz parte da Jornada Nacional de Lutas do MST. Atualmente são 150 mil famílias acampadas. Em 2012 foram assentadas 23 mil famílias, já em 2013 apenas 7.274.

Foram quase  45 km de Itapevi  a São Paulo

Durante o percurso os sem-terra fizeram um ato em frente ao gabinete do prefeito de Jandira, Geraldo Teotônio da Silva, o Gê (PV). Na cidade, foi construída a primeira comuna urbana do país, denominada “Dom Helder Câmara”. Uma comuna é composta por unidades habitacionais concebidas por parceria do MST com o poder público. No local vivem 128 famílias que, após 12 anos de luta conseguiram sua moradia.

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A área ainda precisa de urbanização (instalações de água, esgoto, eletricidade) além da creche e da padaria comunitária, que fazem parte do projeto. “A Comuna Urbana foi uma experiência muito boa, de resgate das populações abandonadas. Marchamos e buscamos o dialogo para criar soluções para essas questões, uma vez que o dinheiro para a execução destes serviços já foi liberado pelo governo federal, mas os problemas continuam. Vamos aguardar uma data para iniciar os diálogos com o prefeito”, relatou Luciano Carvalho, coordenador regional do MST na grande São Paulo.

Em São Paulo, os manifestantes uniram-se ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) para ocupar o hall da Odebrecht, na região do Butantã. A ação foi um protesto contra o modelo de agronegócio da empresa, que segundo eles não representa os interesses do povo brasileiro.

Os sem terra acusam a empresa de usar grandes quantidades de agrotóxicos, prejudicar o meio ambiente, concentrar grandes extensões de terra e expulsar a população do campo.
Luciano Carvalho lembra que a pauta da reforma agrária é de interesse nacional. “É injusto tanta concentração de terra e acúmulo de riqueza que beneficiam apenas grupos pequenos. Lutamos pela terra, biodiversidade, produção de alimentos limpos em larga escala e tudo isso pode diminuir o número de pessoas que buscam moradias nos centros urbanos”, disse.

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1 COMENTÁRIO

  1. Quem, que seja ligado a quaisquer movimentos sociais, não tem profundo respeito pelo MST? E isso, claro, por que são capazes de debater os principais problemas do Brasil com a importância de quem se propõe a fazer parte da solução. É uma pena que o poder público, em geral, não ouça a voz do MST, ou talvez não se disponha a abrir mãos de certos interesses em nome do bem comum.

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