Início Opinião Jeferson Martinho Marketing digital: quem quer vender não liga para curtidas!

Marketing digital: quem quer vender não liga para curtidas!

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Para vender, em marketing digital, investir em curtidas é perder tempo e dinheiro

É comum que um negócio em busca de aumentar suas vendas, quando está começando no marketing digital, cometa um erro fundamental: investir tempo e dinheiro em busca de curtidas, sejam elas de páginas ou de posts.

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*Por Jeferson Martinho

Esse equívoco de associar marketing digital a curtidas está ligado aos primórdios das redes sociais, quando tudo era “orgânico”, não existiam ainda diferenças claras (ou nenhuma) entre perfis pessoais e de empresas. Ele remete, mesmo, a um tempo onde não eram comuns estratégias de anúncios, ainda mais com diferentes objetivos.

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No entanto, atualmente, se você quer atuar no marketing digital para vender e ainda impulsiona posts ou conteúdos com o objetivo de atrair “curtidores” ou seguidores, de página ou de post, pare agora mesmo sua campanha. Opte imediatamente por um objetivo mais pragmático. Quem quer vender não liga para curtidas!

Ok, deixa eu contextualizar essa afirmação. E assegurar que há exceções. Afinal, toda regra tem exceções. Mas tenho 99% de certeza de que você, que quer vender pelas redes sociais, e está lendo este texto, não é uma dessas exceções. A questão é que curtir ou seguir são ações comuns no Facebook para conectar usuários e seus interesses. Com outros nomes, mas basicamente a mesma finalidade, esse tipo de ação, à qual denominamos no jargão marqueteiro de “engajamento (junto com comentários), está presente em praticamente todas as redes. E é uma ação excelente para medir quanta adesão e aceitação recebeu na rede um determinado conteúdo. Mas ele não significa, nem facilita, nem aumenta… conversões!

Quando o Facebook nasceu, junto com sua proposta de alcançar cada vez mais usuários, a rede social apresentava todo conteúdo novo a todos os interessados, todos os seus amigos. Você publicava e todos os amigos que o seguiam teriam a oportunidade de ver na timeline. Era uma época em que só havia os perfis pessoais.

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Mas o sr. Mark Zuckerberg tinha planos de fazer dinheiro com sua criação, óbvio. Foi assim que nasceu o conceito das fanpages, que destinam-se à presença institucional, corporativa ou comercial na rede social. Através das fanpages (ou de perfis corporativos, ou contas business, em algumas outras redes) as empresas podem impulsionar conteúdos. Não têm amigos: têm seguidores (ou curtidores). Em tese, são usuários que curtem uma determinada página com a intenção explícita de serem notificadas sobre novos conteúdos.

Contudo isso, por si só, não fez o Facebook (ou o Instagram, ou o LinkedIn) encher os bolsos de grana. O pulo do gato que praticamente todas as redes sociais deram foi justamente reduzir gradativamente, mas de forma bastante expressiva, o alcance de todas as publicações. No caso do Facebook, isso aconteceu para todas as publicações — inclusive para perfis pessoais. Mas a queda foi brutal mesmo aconteceu com as fanpages.

E O que significou reduzir essa visibilidade, ou seu “alcance”? Significou marcar uma posição para o mercado: agora, apenas uma pequena fração, realmente muito pequena, dos seus amigos ou seguidores receberão suas atualizações nas timelines deles. É mais ou menos aquele chavão do marketing multinível: se quiser mais, “pergunte-me como”, manja?

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Bom, provavelmente só quem trabalha diretamente no Facebook, ou o próprio Zuckerberg, pode dizer o quanto caiu esse alcance total. E a queda varia muito dependendo de centenas de fatores ligados aos algoritmos de cada rede. Mas o mercado trabalha com uma estimativa de que, atualmente, menos de 2% do público de uma página tenha acesso orgânico às suas atualizações, mesmo que façam qualquer opção de prioridade para receber aqueles conteúdos.

E com o problema criado, a solução ofertada: a opção de anúncios pagos. Sim, hoje as mídias sociais viraram gigantescas plataformas de publicidade.

E aí, já entendeu porque mirar nas curtidas é um mau negócio em marketing digital?

É como falei, no início desse texto. Quem quer vender não liga para curtidas. Talvez você tenha um interesse institucional, político ou ideológico, quem sabe. Ou apenas queira consolidar sua marca, gerar reconhecimento, mostrar força para assustar a concorrência. Ou esteja tentando criar um cenário ideal pensando num futuro (muito, muito) longínquo… Só assim você talvez seja uma das exceções que mencionei lá atrás. Mas 99 em cada 100 pequenos e médios empreendedores precisam mesmo é aumentar as vendas agora, com marketing digital! Logo, investir numa estratégia que na melhor das hipóteses vai apenas possibilitar que você chame a atenção de no máximo 2 em cada 100 consumidores — e ainda assim num futuro distante — é um péssimo negócio.

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É no mínimo mau uso de recursos, sabendo que você pode usar o mesmo dinheiro para entregar sua oferta, de produto ou serviço, instantaneamente, para 100 em cada 100 potenciais consumidores. E como faz isso? Bom, direcionando corretamente o objetivo de seu anuncio ou post na hora da definição da campanha. Dependendo da rede e da ferramenta, esses objetivos tem vários nomes, mas eles estão sempre lá, relacionados às chamadas “conversões”.

Uma conversão pode ser a geração de um cadastro de clientes para contato posterior. Neste caso, seu anúncio deve direcionar para uma página de captura de leads (com formulário de contato, preenchimento de email, etc) ou mesmo o formulário do próprio Facebook. Uma ligação para o negócio. Uma visita à loja física. Logo, o anúncio não precisa ter curtidas. Se você pretende tornar seu produto ou serviço mais conhecido, se não focar exclusivamente no engajamento, pode ampliar grandemente o alcance. Mas, se pretende vendas diretas via Internet — e não há maior objetividade que isso — anuncie com o link da página de compra diretamente! Ou, ainda, direcione seu link para o Whatsapp Business (ou Messenger), para que sua equipe de vendas cuide do restante.

Mesmo se sua intenção é apenas fortalecer a marca e ser realmente lembrado, é bem provável que seja mais eficiente oferecer no anúncio o link para um conteúdo rico para download. Conduza seu cliente até uma landing page marota, com uma apresentação (blah, tá na moda chamar isso de “copy”) bem escrita que, no fim, trará o resultado adicional de captar contatos de seus potenciais novos clientes.

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Então, se o seu objetivo é vender, esqueça as estratégias de marketing digital em busca de curtidas. Foque em objetivos de anúncios que gerem de fato conversões. E, melhor ainda, se tiver a chance de unir essas ações com sistemas de remarketing, automação de marketing digital e CRM, o céu é o limite! Mas aí já é tema para outro artigo!

Jeferson Martinho é jornalista e CEO da agência de Marketing Digital e Integrado Nova Onda Comunicação

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