Maternidade de Osasco tem déficit de 120 profissionais na área médica

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Prefeito Rogério Lins vistoriou unidade na segunda, 2 / Foto: Ivo
Prefeito Rogério Lins vistoriou unidade na segunda, 2 / Foto: Ivo

Crise // Sem obstetras, unidade chegou a ser fechada na virada do ano

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Leandro Conceição

O novo prefeito de Osasco, Rogério Lins (PTN), visitou a Maternidade Amador Aguiar, na zona Norte, na segunda-feira, 2, para avaliar, em conjunto com a nova direção, medidas para normalizar o atendimento na unidade. De acordo com ele, a maternidade tem hoje um déficit de 120 profissionais apenas na área médica: médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Com falta de obstetras, a maternidade chegou a ser fechada para novos pacientes no fim de semana, dias 31 e 1º. O atendimento foi retomado nesta segunda, 2.

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“A maternidade já está funcionando com equipe completa, cinco médicos obstetras, no período da noite serão três obstetras e nós estamos adotando as medidas necessárias para que, no decorrer da semana, tudo volte à normalidade”, declarou Rogério Lins.

De acordo com a nova gestão, além da falta de médicos, a maternidade sofre com a ausência de diversos funcionários, que tiveram férias concedidas ao mesmo tempo.

“A gente foi informado pela equipe do hospital que foram liberadas licenças-prêmio, férias, coisas que não se faz em final e começo de ano. Além disso, os profissionais que faziam horas extras não estavam recebendo as horas extras. Existe uma relação de descredibilidade dos profissionais, que não querem continuar fazendo horas extras”, disse o prefeito de Osasco.

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Cancelamento de processo seletivo agravou crise

O cancelamento de um processo seletivo para contratar profissionais para a unidade também ajudou a agravar a crise na Amador Aguiar, de acordo com o novo prefeito. “Esse caso se agravou em dezembro porque foi cancelado um processo seletivo que foi promovido pela gestão anterior que contrataria novos funcionários para a maternidade Amador Aguiar”, afirmou Rogério Lins.
“A gente está estudando juridicamente se, mesmo cancelado o processo seletivo, a gente pode convocar ou contratar emergencialmente esses profissionais que já passaram por um processo seletivo. Se não, vamos contratar novos profissionais para atender à demanda”, completou o prefeito.

“A saúde é uma prioridade da nossa gestão. Nós vamos investir na contratação de profissionais”.

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Outro problema é a falta de equipamentos, acusa a nova administração de Osasco. “Não temos hoje respiradores para atender às crianças que estão internadas no neonatal”, declarou o prefeito.

Outras unidades

De acordo com o novo prefeito de Osasco, Rogério Lins (PTN), a falta de profissionais para prestar atendimento na saúde municipal não se restringe à Maternidade Amador Aguiar. “Na UPA do [Jardim] Conceição, por exemplo, teríamos que ter em atividade 18 funcionários da área de enfermagem, nós só temos quatro”, declarou Rogério Lins na segunda, 2.

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