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Menino que comeu marmita envenenada em Itapevi continua no hospital e pai pede ajuda

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marmitas envenenadas itapevi
"Sou um pai desesperado que estou me agarrando a cada suspiro que meu filho dá”, desabafou o pai

O menino Fábio Abraão, de 11 anos, continua internado em situação delicada no Hospital Geral de Pirajussara, em Taboão da Serra, um mês e meio após comer uma das marmitas envenenadas com chumbinho que mataram dois moradores de rua, em Itapevi, em 21 de julho.

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O pai de Fábio Abraão, Flávio Araújo, pede ajuda para pagar as despesas da família, já que passou a ter de se dedicar quase que inteiramente aos cuidados do filho. “Pelo amor de Deus, sou um pai desesperado e estou me agarrando a cada suspiro que meu filho dá”, desabafou, à rádio Toque da Cidade, de Cotia.

“Gente vocês sabem o que é ter um filho sem problemas de saúde e, de uma hora pra outra, ver ele assim no hospital? Não tenho mais vida a não ser ficar aqui implorando que tudo que tiver no meu alcance seja feito pelo meu menino”, declarou o pai.

Como ajudar:

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Ele pede ajuda para encontrar um neuropediatra que atenda Fábio Abraão e de recursos para manter a família e os cuidados com o filho. Quem puder ajudá-lo, pode entrar em contato por meio do telefone (11) 9 9858-9511.

Também foi criada uma vaquinha virtual para ajudar a família. Clique aqui para contribuir.

O envenenamento

Flávio ganhou duas marmitas de um grupo de moradores de rua que estava em um posto de combustíveis abandonado em Itapevi e levou para a casa, onde a namorada dele e Abraão comeram os alimentos. Logo em seguida, os dois passaram mal e foram levados às pressas ao hospital. A jovem sobreviveu e se recupera bem.

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No grupo de moradores de rua estavam José Araujo Conceição, de 61 anos, e Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37, que morreram logo após comerem a comida. Um cão que comeu os alimentos também morreu.

As marmitas haviam sido entregues por um grupo de voluntários de uma igreja. Logo após a notícia das mortes começar a circular, a responsável pela preparação dos alimentos se apresentou espontaneamente a polícia e negou ter envenenado a comida. “A gente não matou ninguém”, disse Agda Lopes Casimiro. “Eu falo para você: a comida não estava envenenada porque fui eu que fiz. E saiu direto da cozinha da igreja para as ruas de Itapevi”, afirmou, em entrevista.

A polícia descartou a suspeita de que as marmitas tivessem sido entregues envenenadas. A hipótese mais considerada pela investigação é de que alguém colocou chumbinho nos alimentos após eles terem sido distribuídas pelo grupo de voluntários.

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Segundo essa linha da investigação, o alvo do envenenamento seria Vagner, um dos mortos, por vingança. Testemunhas afirmaram aos policiais que ele tinha fama de briguento e havia se envolvido em uma confusão recentemente. “Provavelmente o alvo seria realmente o Vagner. Quem fez isso não esperava que o Vagner fosse distribuir essas marmitas”, declarou o delegado Aloysio Ribeiro de Mendonça Neto, em entrevista ao “Brasil Urgente”.

As investigações continuam na busca pelos responsáveis pelo envenenamento.

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