Presos no mês passado pela “Operação Pasta Vazia”, do Ministério Público de Carapicuíba e da Polícia Civil, que apura fraudes em processos seletivos para preencher cargos públicos com apadrinhados políticos, os vereadores Carlos Japonês (PPS) e Jefferson Macedo (PSDB) tiveram, juntos, 2.123 votos.
Mesmo atrás das grades, os parlamentares tiveram suas candidaturas deferidas pela Justiça Eleitoral e puderam disputar as eleições municipais desse ano. Carlos japonês obteve 1263 votos, e Jefferson Macedo, 860 votos. O vereador Nenê Crepaldi (PPS) havia sido preso, mas passou ao regime domiciliar após fazer delação premiada, perdendo mandato e a chance de concorrer.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a campanha de Carlos Japonês teve investimentos de R$ 21.492,50. Já Jefferson Macedo teve investimento de R$ 450.
Também estão presos o vereador Paulo Xavier (PSDB), e a ex-diretora de Recursos Humanos da Prefeitura de Carapicuíba, Elaine Cristina Pereira. O ex-candidato a prefeito Everaldo Francisco da Silva (PT) e o ex-deputado estadual Isac Reis (PT) continuam foragidos.
PSOL Carapicuíba pede cassação dos vereadores
O PSOL de Carapicuíba faz nesta terça-feira, 4, ato em frente à Câmara Municipal, a partir das 18h, em reforço ao pedido de cassação protocolado pela sigla no Legislativo da cidade.
O pedido de cassação está programado para ser discutido na pauta da sessão da próxima terça-feira. “Vivemos hoje em Carapicuíba um momento de graves acusações contra vereadores, chegando a cinco presos e que ainda assim mantém seus cargos, salários e privilégios”, disse o secretário-geral do Psol Carapicuíba, Eder Novais. “Só cabe aos próprios vereadores expulsá-los da Câmara Municipal, a população tem o direito de pressioná-los em nome do respeito e da decência de nossa cidade”.