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Metalúrgicos de Osasco publicam nota em defesa da democracia e da liberdade

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Foto: Nota divulgado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região publicou uma nota em defesa da Constituição, diálogo, democracia e da liberdade, nesta quarta-feira (04).

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No texto, o sindicado fala sobre a atual situação política do Brasil e ressalta a indignação da entidade quanto à manifestação do comandante-geral do Exército Brasileiro, Eduardo Villas Boas, nas redes sociais, bem como o repúdio à ditadura militar.

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“Essa é uma clara ameaça à Democracia, ao único regime que pode ser capaz de permitir a liberdade de crítica, de pensamento e de manifestação”, diz o documento, em referência às falas do general na noite de ontem (03). “A liberdade não pode ser sacrificada em nome de uma falsa sensação de segurança”, defendem os metalúrgicos.

Veja a nota publicada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região em de defesa da Constituição, do diálogo, da democracia e da liberdade

O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região vem manifestar a sua preocupação com o momento político que atravessa o nosso país. Um momento em que até os tribunais se politizam, marcado por um racha na sociedade, o qual é animado e insuflado por autoridades que deveriam verdadeiramente trabalhar pela paz, pelo diálogo, pela Democracia e pela Constituição.

Vemos com preocupação e indignação a manifestação do comandante-geral do Exército, Eduardo Villas Boas, que em sua rede social disse: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

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A declaração teve diversas mensagens de apoio de outros oficiais. Trinta e três anos após o final da ditadura temos mais uma vez a sombra dos militares rondando a política nacional. Como lá em 1964, a alegação pode parecer legítima a maioria, pois seria preciso defender o Brasil, garantir a paz e livrar os cidadãos de bem do comunismo (em 1964) ou da corrupção (em 2018). Não acreditemos. Essa é uma clara ameaça à Democracia, ao único regime que pode ser capaz de permitir a liberdade de crítica, de pensamento e de manifestação. A liberdade não pode ser sacrificada em nome de uma falsa sensação de segurança.

Em 1968, este Sindicato participou de uma greve, a Greve de Osasco, que se tornou exemplo para o país em termos de luta por liberdade. E em tantos outros momentos nos levantamos contra as injustiças, não podemos nos furtar a uma veemente manifestação de repúdio a todas as forças que atentam contra a liberdade, o diálogo, a Constituição e a Democracia, que apostam na polarização social para manter seus privilégios. Seguiremos firmes na luta por um Brasil mais justo, que respeite a todos e todas. Este é o verdadeiro anseio dos brasileiros o qual, esperamos, que as Forças Armadas compartilhem e respeitem.

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