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Metalúrgicos protestam nesta terça contra mudança da Delphi de Cotia para Piracicaba

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Os metalúrgicos da Delphi amanhecem esta terça-feira, 4, com mobilização na porta da fábrica e pelas ruas de Cotia, passando pela Rodovia Raposo Tavares e chegando a Prefeitura de Cotia, a partir das 8h. Tudo isso porque os trabalhadores estão em greve contra a decisão da empresa de mudar a unidade para Piracicaba, no interior paulista.

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Com o protesto, afirma o sindicato, “os trabalhadores buscam expor à população que a maior metalúrgica da cidade, responsável por 700 postos de trabalho diretos e por cerca de R$ 40 milhões em salários, simplesmente resolveu mudar de endereço, por uma decisão puramente econômica, numérica, sem refletir sobre os impactos aos trabalhadores e a comunidade”. “Causa indignação a forma como a Delphi vem agindo com os trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Ao todo, são 700 trabalhadores cujos empregos estão sob ameaça
Ao todo, são 700 trabalhadores cujos empregos estão sob ameaça

Na quarta-feira, 29, a empresa comunicou aos trabalhadores e ao Sindicato sua decisão, sem que houvesse qualquer negociação com os trabalhadores e deu prazo de 30 dias para que os companheiros e as companheiras decidirem se querem acompanha-la ou não. Diante disso, o Sindicato chamou uma reunião na subsede de Cotia, a qual os trabalhadores compareceram em peso e indicaram para a assembleia desta segunda a greve como o melhor caminho.

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Os trabalhadores se queixam que não tiveram qualquer chance de planejamento. “Faltou comunicação com a gente. Foi de repente”, afirma um metalúrgico. Outro trabalhador lembra que todos têm seus compromissos, também ignorados pela Delphi: “A gente paga carro, aluguel, a gente tem de se planejar”.

Muitos sentem que a empresa os traiu. “Não tem como confiar na empresa, sendo que ela não confiou na gente para contar o que estava querendo fazer”, desabafa uma companheira. Enquanto outro trabalhador resume: “Eu me sinto apunhalado pelas costas”.

Por isso, Sindicato e trabalhadores vão manter a greve até a empresa revogar sua decisão e estabelecer um processo de negociação sobre o assunto.

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