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Metalúrgicos vão às ruas contra a terceirização

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Manifestação dos trabalhadores da metalúrgica Aisin, uma das empresas onde houve paralisação na quarta-feira, 15 / Foto: Divulgação
Manifestação dos trabalhadores da metalúrgica Aisin, uma das empresas onde houve paralisação na quarta-feira, 15 / Foto: Divulgação

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Diante da onda de protestos em todo o país contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no país, trabalhadores da região também foram às ruas. Na quarta-feira, 15, metalúrgicos de várias empresas desligaram as máquinas em Osasco, Taboão da Serra, Jandira e região. A mobilização teve adesão de cerca de 6 mil trabalhadores.

Durante assembleias realizadas em diversas empresas, como Aisin, Mecano-Fabril, Alka 3, Delphi e Budai, diretores explicaram a posição do sindicato em tentar manter a terceirização longe da categoria. “Lutamos contra a precarização de nossas conquistas, e agora a batalha não poderia ser diferente: somos contrários à terceirização na atividade-fim, somos contra qualquer projeto que retira direitos dos trabalhadores”, afirmou o diretor Alex da Força.

Ato reúne cerca de 6 mil metalúrgicos

Os protestos ocorreram em frente às principais fábricas da região desde as 6h da manhã e servem como um reforço do posicionamento do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região contra a medida. “Ao atender os interesses patronais, a aprovação precariza as relações de trabalho”, disse Jorge Nazareno, presidente do sindicato. No mesmo dia, outras categorias também protestaram contra o projeto em todo o país.

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Após aprovarem, na quarta, retirar empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias da proposta, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu adiar a votação para a próxima quarta, 22. De acordo com a comunicação da Câmara, o texto tem 27 destaques e seis emendas.
Além da preocupação quanto à terceirização nas atividades-fim das empresas, os trabalhadores temem outros prejuízos que podem ser causados caso a proposta seja aprovada, como salários rebaixados, redução de benefícios, crescimento do desemprego e da rotatividade, além de questões relacionadas à saúde e segurança.

Protestos reúnem milhares e atingem todas as capitais

Os protestos da quarta-feira, 15, organizados pelas centrais sindicais, alcançaram todas as capitais brasileiras. Em São Paulo, a manifestação reuniu aproximadamente 40 mil e terminou às 21h. Em Belo Horizonte, mais de 5 mil pessoas se concentraram na praça Afonso Arinos, no centro da capital mineira. No Rio de Janeiro, o protesto terminou com o enterro simbólico da Carteira de Trabalho, em frente à sede da Federação das Indústrias, na Cinelândia, no centro do Rio.

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