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Ministério interdita máquina que causou amputação das mãos de trabalhador

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Sindicatos da região cobram mais agilidade no processo de averiguação de acidentes / Foto: Eduardo Metroviche

Sindicatos da região cobram mais agilidade no processo de averiguação de acidentes / Foto: Eduardo Metroviche
Sindicatos da região cobram mais agilidade no processo de averiguação de acidentes / Foto: Eduardo Metroviche

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O Ministério do Trabalho e Emprego interditou na sexta-feira, 21, a máquina que provocou a amputação das mãos de um trabalhador da metalúrgica Huffix, em Santana de Parnaíba. A fiscalização no local aconteceu depois de 81 dias do ocorrido e na mesma semana em que os sindicatos da região cobraram mais agilidades no processo averiguação em acidentes ocorridos no local de trabalho.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, além da máquina envolvida no acidente, o auditor fiscal encontrou outros cinco equipamentos sem as proteções necessárias e determinou “dotar a zona de prensagem de proteções fixas ou móveis de acordo com a NR 12 [norma nas quais são previstas as proteções] ou sistemas de segurança aos trabalhadores nas operações realizadas na máquina”.

Demora
O Ministério do Trabalho investiga o caso. Enquanto isso o Sindicato se une a outras entidades da região, que mantêm a cobrança para que haja mais investimentos na fiscalização trabalhista na região, no estado e em todo o Brasil. Isso porque, nos últimos quatro anos, só os metalúrgicos relataram mais de 100 casos de acidentes ao Ministério do Trabalho e em todos eles houve demora a inspeção.

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Uma das explicações pela demora é a falta de profissionais. Na Gerência de Osasco, são apenas 16 auditores, para uma jurisdição de 15 municípios, onde 86.840 empresas estão ativas. Soma-se a isso a falta de condições operacionais do próprio prédio onde fica a Gerência de Osasco, que mal tem infraestrutura para atender o público.

Prejuízos

A falta de fiscalização causa implicações ao trabalhador acidentado e a sociedade. Isto porque é a partir dela que são produzidas as provas necessárias para que a vítima possa buscar seus direitos trabalhistas e reparações por danos sofridos. Como também para evitar que novos acidentes, com a aplicação de medidas preventivas. Além disso, o relatório é base para que a AGU (Advocacia Geral da União) possa mover ações regressivas, com o objetivo de recuperar os recursos gastos pela Previdência Social, quando a empresa tem culpa no acidente.

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