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Ministro confirma que governo estuda usar FGTS no lugar do seguro-desemprego

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou nesta sexta-feira, 23, que o governo estuda utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para substituir o pagamento do seguro-desemprego. A medida foi divulgada pelo jornal O Globo e, segundo Meirelles, está em “fase embrionária”.

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Segundo a reportagem, o governo pretende usar o saldo do FGTS e a multa de 40%, paga nos casos de demissão sem justa causa, para repassar três parcelas ao trabalhador, substituindo o seguro-desemprego.

O valor mensal seria equivalente ao último salário recebido pelo empregado. Após esse período, se permanecer sem colocação, o trabalhador poderia dar entrada no seguro-desemprego e receber o restante do saldo do FGTS.

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“Existem discussões na área econômica do governo, seja no Ministério da Fazenda, seja no Ministério do Planejamento, seja em outras áreas em diversos níveis, sobre diversas coisas que possam induzir o país a voltar a crescer” disse Meirelles ao ser perguntado sobre o assunto após participar de um evento promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo.

“Confisco”

A Força Sindical emitiu nota contra a possibilidade. A central sindical diz considerar “um verdadeiro confisco o fato de o governo pretender reter parte do FGTS dos trabalhadores demitidos sem justa causa”.

“A direção da Central também pretende entrar com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra esta nefasta medida, caso a mesma seja implantada”.

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“Não podemos permitir que o trabalhador tenha seu dinheiro retido justamente quando mais precisa, ou seja, quando desempregado. A ideia demonstra uma total e clara falta de sensibilidade social por parte dos tecnocratas do Ministério”, afirma a Força Sindical.

“A medida coloca em risco um direito social de todos os trabalhadores brasileiros, e isto é muito perigoso.  O FGTS é um patrimônio dos trabalhadores, e como tal tem de ser preservado”.

Com Agência Brasil

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